F I M D E
P I C A D A
Com essa química que
vem dentro de mim
Corroendo as
sobreviventes entranhas
Sem respeitar o ocaso
d’amargo fim
Para insistir em tão
funestas artimanhas
É o que me resta dum
perdido jardim
Agora tomado pelas
ervas estranhas
Que se espalham e
cobrem rasteiras assim
O solo inteiro em
minúsculas montanhas
Ainda mais deixando
de possuir ambições
De retornar àquela
antiga juventude
Sempre resistindo em
nossos corações
Como se fosse a
derradeira virtude
Conservar as tantas e
boas aspirações
Numa redoma de
nostálgica atitude.
José Alberto
de Souza
POA,
19/05/2019.