quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

SERÁ QUE ALGUÉM JÁ PENSOU NESTA IDEIA ?

Fernando Rozano postou, em seu blog ChronosFer, crônica sob título “A Estação” ilustrada com dependência de conhecido prédio uruguaio. Há pouco, andei compartilhando duas imagens colhidas pelo conterrâneo Lino Marques Cardoso, nas quais retratava as antigas estações ferroviárias de Jaguarão (Brasil) e Rio Branco (Uruguai). Lembrei-me então de uma notícia recente, anunciando a Ponte Internacional Mauá como primeiro bem cultural binacional a ser tombado pelo IPHAN. Daí comecei a conjeturar uma espécie de desafio aos poderes competentes.
Por este Brasil afora, já existe o aproveitamento de inúmeros ramais ferroviários, explorando o potencial de passeios turísticos, um deles bastante utilizado na região entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, aqui no Rio Grande do Sul, onde se cultiva a memória dos tempos da “Maria Fumaça”. Bastou a vontade política da comunidade para implementar o desenvolvimento de uma ação que vem trazendo incontáveis benefícios para a economia local. Na madrugada, conversando comigo mesmo, me inquiri a respeito do assunto: por que não acontece o mesmo lá em Jaguarão?
Aquelas estações e a linha férrea remanescente (de bitola uruguaia) bem que poderiam ser incluídas nesse tombamento da Ponte Mauá. Por informações colhidas, fiquei sabendo que o trem uruguaio já não vai até a nossa Estação, devido a problemas estruturais na travessia do rio. Agora, fiquei imaginando a ligação entre as duas estações, utilizando um veículo mais leve como as “litorinas”, automotrizes a diesel, que chegavam e saiam (após giratória) da Estação Polinicio Espinosa, fazendo ligação direta com Rio Grande, em cinco horas. Ou, quem sabe, adaptando-se algum ônibus, tipo "linha turismo", para ser conduzido através da via férrea...
Enfim, acredito que se poderia elaborar um anteprojeto para avaliação de custos dessa proposta e na possibilidade de buscar recursos para viabilizá-la. Nas duas edificações se aproveitariam todo seu potencial de utilização cultural, com programações de espetáculos, gastronomia, artigos da região e a mais variada gama de atrativos para um inesquecível passeio turístico. A “Rua dos Trilhos” deveria ser preservada em toda sua extensão, prolongando-se Uruguai adentro num esforço patrimonial que envolvesse os dois países limítrofes. O desafio está feito, dou de barato para se começar.

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