Muitas
vezes temos ouvido falar de um Deus Bondoso que nos quer muito bem. Mas diante
de tantas injustiças existentes neste nosso mundo, costumamos nos revoltar
querendo saber porque este Ser Superior não interfere de imediato para proteger
as criaturas mais necessitadas. Creio nesse misericordioso Nosso Senhor como se não guardasse
rancor com essa brusca reação que abandona qualquer resquício de esperança.
No
dia a dia de nossa existência vivenciamos até mesmo em muitas pessoas tão
próximas de nós a presença de um Deus Bondoso que nos encoraja, estimula e atende
aqueles pedidos do momento através de uma atitude solidária. E elas nunca se
mostram ansiosas por serem reconhecias em seus atos meritórios, deixando de
lado os rancores que poderiam demonstrar por serem atingidas e mal
interpretadas.
Assim,
quando tomamos conhecimento de uma pessoa simples, isenta de qualquer vaidade, que
se relaciona gentil e humildemente com seu próximo, sempre disposta a perdoar
os deslizes alheios, não guardando futuros rancores, ficamos nos imaginando como se
estivéssemos diante de um Deus Bondoso, reverenciando sua inesperada e prestimosa
companhia, uma graciosa bênção surgindo em nosso caminho.
Então nos vem a mente um fato ocorrido em 1982, quando participávamos da organização
dos festejos comemorativos aos 40 anos da instalação do Departamento de
Jaguarão do Instituto Porto Alegre e decidimos escrever uma carta aos leitores
do Correio do Povo, na época coordenado por um desses Deuses Bondosos, o qual
não hesitou de publicá-la na íntegra apesar do texto longo ocupando um valioso
espaço.
Posteriormente
fomos solicitados a buscar no arquivo do Museu de Comunicação Social Hipólito
José da Costa uma cópia de um artigo da escritora Rachel de Queiroz sobre sua
estadia em Jaguarão, publicado na antiga revista O Cruzeiro, o qual foi enviado
a seguir para o advogado Eduardo Alvares de Souza Soares que preparava na ocasião em
parceria com outro ilustre conterrâneo a edição de “Olhares Sobre Jaguarão”.
E
não é que este parceiro sugeriu a Soares a inclusão na 2ª. parte da referida
obra versando sobre o Olhar dos Conterrâneos escritos de nossa autoria sobre os 40 anos
de fundação do Ipinha jaguarense, um deles justo aquele que foi publicado no
Correio do Leitor acima referido, o que permitiu a um mero desconhecido a honra
de compartilhar um generoso espaço no lançamento em 2010 dessa importante obra.
A
13 de outubro último, somos privados do convívio com o amigo, conterrâneo e
vizinho Sérgio da Costa Franco, a quem consideramos um Deus Bondoso na impressão que nos lega de extrema cordialidade e honradez de caráter, das quais sempre testemunhamos nas mais
variadas oportunidades.