E S T R A N H O S L I M I A R E S
Quanta gente sem
querer vai se ver forçada
Indo buscar novos
destinos, novos ares
Na esperança de
alcançar arrancada
Mesmo tendo que
singrar longínquos mares
Abandonando afetos nesta caminhada
Para serem trocados
em outros lugares
Embora à custa
daquela ideia sonhada,
Refletida nesses
momentos singulares
Mas ainda em
nossa memória estampada
Permanece ali
brilhando nos olhares
Para qualquer
lembrança a ficar marcada
Vamos chegando a
estranhos limiares
Condenados que
nem pobre alma penada
Em certos tempos
de inimagináveis lares.
José
Alberto de Souza
POA, 21/MAIO/2022