DISCONTUS V ---------------------------------
Atende o telefone: mudo, desliga. Nova chamada, outra vez calado; se põe a xingar, bate a peça furiosa. Mais três ou quatro tentativas, deixa tocando até que cesse. Ocorre-lhe deixar o fone fora do gancho: -------------------------------------
- Dá trote agora, seu desgraçado!
DISCONTUS VI --------------------------------
Na estrada, a morena super-gostosa fazia sinais. Parou bem em frente a ela. Tratava-se de trocar o pneu. --------------------------------------------------
- Com todo prazer... ----------------------------------------------------------------------------
Feito o serviço, ela agradeceu, entrou no carro e foi embora.
DISCONTUS VII -----------------------------------------------------------------------------
Loura, maneira audaciosa de vestir, lábios tão tentadores, um azul perdido nos olhos. É insinuante na sua fala, tem graça no folhear das páginas coloridas da amostra encadernada. Quer fechar o pedido, se vou ficar com a obra: ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- - Enciclopédia que nada, me dá o teu telefone!
DISCONTUS VIII ----------------------------------------------------------------------------
Frequentemente buscava sintomas nos livros - nenhum que já não tivesse. Nunca usava sanitário público, pois só em casa podia fazer assepsia nas mãos e se banhar depois das necessidades fisiológicas. No necrotério constataram: ---------------------------------------------------------------
Estava embalsamado desde que viera ao mundo.
Um comentário:
José Alberto, se esse texto acima que tu postou no blog não é teu, mas de outrem, parabéns pela escolha.
Agora... se é teu, meu jovem, venho te informar o que já deves saber: és um gênio, um gênio. Li, reli e mostrei para minha moçoila, que delirou – eu e ela adoramos esses inusitados textuais. Pior é que eu e ela estamos sempre comentando que fulano ou sicrano "já morreu e não contaram para ele", hehehehe.
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