Excepcionalmente, reproduzimos a seguir o sensato texto, assinado pela escritora Jacqueline Aisenman, numa das abas da capa da coletânea "Varal Antológico II", recentemente lançada em Salvador, Belo Horizonte e Brumadinho-MG:
Não se preocupe com o pecado das letras e nem com a
militar formação das frases. Escreva.
Não busque os olhos críticos, tente encontrar os
corações. Esqueça os títulos e as graduações, lembre-se do sentimento puro dos
que muitas vezes nem são letrados. Escreva.
Rime e brinque, crie, desconstrua, invente, seja
poesia e faça poemas de vida. Escreva.
Conte o seu dia, o momento do amigo, a saudade do
pai. Escreva.
Crie personagens, dê-lhes vida, conte histórias.
Escreva.
Mostre. O perigo não está em alguém não gostar do
que você escreveu, nem no estilo, nem nos erros. O perigo está em você não
deixar livre sua alma, está em se preocupar com o que os outros fazem, em
pensar que existe melhor ou pior. Escreva.
Seja você em cada linha, seja cada palavra, viva
tudo o que escrever, seja na vida ou na imaginação. Viva. Escreva.
E deixe as críticas para os que não têm nada a
dizer.
Jacqueline Aisenman
4 comentários:
Faltou alguém muito importante neste livro!
Concordo Raimundo, faltou nosso poeta das águas doces!
Sábia essa mulher. Texto muito bonito, ilustrativo (embora sem imagens) e, sobretudo, pedagógico. Um incentivo para quem gosta de escrever e se sente travado por se julgar sem habilidade para isso. Muito bom.
Abraço.
Marco
Colega e Amigo JASouza,
Eis no texto em foco, uma verdade simples e profunda.
Escrever a complexidade dos sentimentos, externando em palavras as calmarias e as ventanias da alma faz bem à saúde. Muito bem!
Saudações,
Vasco
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