S
E R R A D O S M E N D I G O S
Escalei a
árdua Serra dos Mendigos,
A trancos e
barrancos, cambaleando
Atrás daqueles
inesquecíveis amigos
Que por lá agora
estivessem morando.
Nas trilhas da
escura mata fechada,
Fiquei sabendo
que ali se descobre
Uma verdade
pela Natureza celebrada:
Ninguém é mais
rico nem mais pobre.
Principia que
dinheiro não vale nada
Quando se sente
vibrante solidariedade
Surpreendendo a festa de chegada
E a alegria nos
ares da liberdade.
Então surge vontade
danada de ficar
Sem querer
sair pelo resto da vida,
Descompromissado,
à toa pra matutar
Sobre qualquer
realidade conhecida.
Nesta aldeia,
todos são despojados
De antigas
vaidades tão costumeiras
Que os fizeram
superiores adorados
Até alcançarem
as horas derradeiras.
José Alberto de Souza.
6 comentários:
Beleza de poema, amigo Souza. Cumprimentos.
A foto que o encima mostra o quanto a (des)humanidade insiste em não ver o sofrimento do mundo. Até quando?
Abraços
Cabeda
É assim mesmo, Souza. Belo poema. Triste saber que o tempo passa mas as desigualdades, não. Abraço
Conterrâneo,
Não te disse que fico feliz por ver que a sua verve poética também envereda pela poesia social, que, naturalmente, é mais engajada na atualidade em que vivemos. Cumprimentos. Abraços. Wenceslau.
Parabéns e obrigado pela oportunidade de ler teus poemas.
Caro Amigo e Colega da AFABRE,
O alcance das palavras é enorme, quando através de um poema, a pessoa mostra a sua sensibilidade e a sua bondade. Ao JASouza, poeta das doces águas, meu afetuoso abraço.
SIVasco, sudações.
Como é importante conhecer a vida de pessoas com sentimentos e necessidades como as nossas, também importante é descobrir que existem pessoas capazes de notar e valorizar uma realidade diversa da que estamos acostumados a vivenciar.
Eloisa Souza, (esposa do Vasco).
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