E X P E C T A T I V A
Agora no ermo de minha solidão
Me apareces como um desejo
proibido
A que busco resistir nesta
tentação
Chegando de repente num tempo
perdido
E fico pensando se vens cedo ou
tarde
Para usufruir este ocaso de
alheia vida
De maneira discreta, quase sem alarde,
Numa última oportunidade
oferecida
Sem que não me reste qualquer
alternativa
A compartilhar deste previsível
risco
Na breve aproximação que
objetiva
Não, não assopra as brasas da
nossa amizade,
Pois embora escondidas nesse
fogo arisco
Podem se espalhar em cinzas de
ansiedade.
José Alberto de Souza
POA 12/10/2018.
10 comentários:
Agradeço ao nosso poetadasaguasdoces por nos brindar com sua poesia, quando então estamos tão envolvidos nas teias do concreto-abstrato midiático. Sua poesia, por mais paradoxo que pareça, nos traz para a realidade. Nos faz pensar e ver que o mundo é e será o que somos. Que sejamos melhores. Aos desejos proibidos que nos levam a tempos perdidos, mas também reais. Grande Abraço meu poeta Tio Zezinho.
Parabéns!
Se já não fosse tão grande essa volta do Poeta das Águas Doces, eis que o mestre da crônica memorialista volta com boa poesia, num soneto apaixonado!
Mãos à obra, Amigo Souza, que os leitores precisamos dessa lavra ...
Belíssimo soneto, bom José Alberto. Sensível, Criativo, Conciso.
Muito grato por merecer a precisão de sua caneta.
Baitabracito aqui do amigo e admirador,
Aguinaldo
Meu caro Irmão e Amigo José Alberto de Souza: tu estás igual ao vinho! Cada vez melhor. Parabéns! Um abraço fraterno do Teixeira.
Poetadaesperança....da luz, do sempre amanhecer...e por que não????? Beijos meu tio passarinho....sempre com seu canto bonito!!!!
Tio, que lindo soneto.
Fico muito contente e entusiasmado em saber do teu amor pela vida e pela criação. Se vê um forte sentimento que contagia à todos.
Forte abraço.
Parabéns, vizinho.
O poeta continua em forma.
Abraço do Costa Franco
Caro Souza
O POETA voltou, que legal.
Um abraço grande.
Diná
Souza, conterrâneo amigo:
Alegro-me, também, como os demais teus leitores, pelo teu retorno com toda tua já conhecida inspiração. Espero ver-te em breve. Abraços. Wenceslau.
Caro amigo: Já havia visto mesmo, sem tempo de meditação. Obra prima para qualquer um. Parabéns.
Postar um comentário