OS FILHOS DA
MÃE
Os
filhos da mãe andam por aí
Abandonados,
dormindo ao relento,
E
nos cobram essa indiferença,
Pedindo
alguma moedinha
Que nunca temos no bolso.
E
como nos pesa na consciência
Estar
bem acima do seu nível
Sem
ter do que se queixar,
Acomodados
na vida confortável
Sempre
nos constrangendo.
De
que adianta nosso protesto
Para
desculpar nossa alienação
De
nunca querer modificar
Esta
situação desequilibrada
Que
jamais será mais justa.
Pois nunca
deixaremos de ser
Como estes
pequenos burgueses
Contentando-se
em ignorar
Nossos
irmãos desfavorecidos
Por
uma eterna falta de sorte.
José
Alberto de Souza
POA,
22/out/2019.
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