O C O N F I N A M E N T O
Agito minha cabeça entre as mãos: Chega! Chega!
Não quero escutar mais... Não quero que me joguem
totais de mortos, manipulação de números silenciosos e anônimos.
Já faz algum tempo, desejava correr em disparada
pelas avenidas e ruas. Hoje sonho em soltar as asas e voar como as aves de rapina no azul
infinito.
Minha imaginação já esgotou sua reserva.
Estou só e muitas vezes me sinto só.
Não existe presença em minha casa de passos, risos.
E de uma alma no eco de uma voz.
Afasto essas figuras próximas, porém longínquas: a
imobilidade da tela no breve espaço do confinamento.
Onde está o vento agitando cabelos e o sol ofuscando os olhos?
A confusão do transcurso deste tempo...
Um louco levou-me a voar, elevando-nos acima da sanidade, só com o impulso dos
sonhos.
Um estouro que comoveu
o nada.
Logo caímos derrotados para a rotina dos dias.
*Tradução de José Alberto de Souza
4 comentários:
Parabéns pela sensibilidade dessa obra da Poeta Brenda Florángel Ahlers, que traduz bem "O Confinamento",em qualquer situação e em especialmente neste momento que vivemos.Parabéns também ao tradutor dessa obra, meu querido Irmão e Amigo José Alberto de Souza, Engenheiro e Poeta, que tive como Companheiro em nosso trabalho junto ao BRDE Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul durante anos. Um abraço, com votos de muita luz, saúde espiritual e física, paz e amor! Teixeira
viva JA Souza viva muito e bem e produtivo Minha admiraçáo desde tempos antamhos - Jaguaráo
Clovis E R.
Caríssimo amigo Souza,
Parabéns!
Estamos confinados, mas de alma livre e solta, como reafirma a crônica de Brenda! Traduzindo-a, para nós, certamente você pôde viajar lá no alto, também...
Natal, RN, 1º de setembro de 2020.
Com o abraço, do
Garoeiro
Conterrâneo, este tema é bem atual, reflete os anseios da humanidade.
Ótima escolha para uma tradução.
Forte abraço.
Quero continuar recebendo teus trabalhos.
Fico na espera!!
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