Heitor Saldanha – A Hora Evarista –
1974 – pp. 54/55.
Em mim esse fulgor de
alucinâncias
que paralisa os
contrários
e reconquista um
campo de batalhas
cansei de cruzar
fronteiras
com passaporte
lacrado
entanto não me
projeto
somo um simples
apelido
num alfabeto
sincrônico
que há muito foi
desusado
operário de
impossíveis
trabalho sobre o
imprevisto
escrevi cartas
anônimas
à luz de velas
mortiças
e minhas
correspondências
chegavam sem endereço
...
mas não andei sobre
as águas
não imitei Jesus
Cristo
eu sou o lado
contrário
e vou passar sem ser
visto
...
sim meu trajeto é de
longe
fazendo um curso de
espasmos
com sombras de
fuzilados
caindo dentro de mim
até chegar ao teu
reino
e te cantar liberdade
Um comentário:
Parabéns Tio, pelas belas postagens sempre fazendo referência a nossa terra natal!!!!!
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