terça-feira, 11 de outubro de 2011

ATINGIMOS MARCA EMBLEMÁTICA

Através desse mural, apresentamos a todos aqueles que nos distinguiram com seus comentários nossa mais sincera gratidão e o reconhecimento pelo estímulo que nos permitiu alcançar essa almejada meta.
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Jacqueline Aisenman - Angelo Alfonsin - Luiz Carlos Amorim - Edemar Annuseck
Valesca de Assis – Cláudia Ávila - Pedro Fagundes de Azevedo - Zilda Azevedo
Elias Barbosa - Luiz Antônio Barros - Aguinaldo Loyo Bechelli - Marilia Benitez
Diná Schultz Bernardi - Gilberto Stone Braga - Guilherme Stone Braga
Aline Brasil - Luiz Antônio de Assis Brasil - Corálio Bragança Pardo Cabeda
Carlos Roberto Campos - Marcello Campos - Nelson Casarotto Filho - Mauro Castro
Hunder Everto Corrêa - Luiz Mauro Pinto Costa - Lucia Cuervo - Franklin Cunha
Cladistone Arruda Dias - Rosângela Dorneles - Gilmar Eitelwein
Eulálio Delmar Faria - Sandra Fonseca - Sérgio da Costa Franco
Luiz Carlos Beiler de Freitas - Marcio Gobatto - Martim Cesar Gonçalves
Wenceslau e Alda Gonçalves - Jerônimo Jardim - Ernani Moraes Kurtz
Izabel L’Aryan - Stella Maris Faracco Ferreira Leão - Ubiratan Lustosa
Agilmar Machado - Carlos José de Azevedo Machado - Jane Alice Machado
Jorge Petinatto Madureira - Elinka Matuziak - Ronaldo Nieto Mendes
Maria de Fátima Barreto Michels - Alcides Carlos de Moraes - Eduardo Nadruz Filho
Sidnei Nascimento - Zuleide Nascimento - Fernando Neubarth
Alberto Marczak Oliveira - Helena Ortiz - Hilda Terezinha Souza Pacheco
Vera Lucia Souza Pacheco - Jorge Luiz Passos - Walnélia Corrêa Pederneiras
Renato Albano Petersen - Anésia Pereira Reis - Ellen Tanger Reis - Glênio Reis
Rosy Reis - Quênia López de Resem - Adilson Rodrigueiro - Catia Rodrigues
Fernando Rozano - José Paulo Sabbado - José Brignol Sanchez
Icléia Inês Ruckhaber Schwarzer - Antunes Severo - Gerson Sicca
Isabel Porto da Silva - Maria Luiza Silva - Laerte Antônio e Silva
Sérgio Souza Amaro da Silveira - Diasper Lucho de Souza
Jerônimo Fagundes de Souza - Lino Tavares de Souza - Luiz Carlos Teixeira
Raimundo Cândido Teixeira Filho - Zinaida Tscherdantzew
Marco Aurélio Vasconcellos – Nelson Miguel Viero - Clarice Villac - Vilarino Wolff
Kie Yamamoto - Helena Zamora - Rubens Zolotujin

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Incrivel Carreata de "Rabos Quentes"

Através do conterrâneo João Pompílio Neves Pólvora, tomo conhecimento dos 55 anos do Romi Isetta, o primeiro carro produzido em série no Brasil. A primeira unidade saiu da linha de montagem em Santa Bárbara do Oeste - SP, ás 11h30min do dia 30 de junho de 1956. Porém, o lançamento oficial deu-se a 5 de setembro do mesmo ano em São Paulo, quando 16 veículos partiram em carreata de promoção para uma concessionária situada na Marquês de Itu e circularam pelas principais ruas e avenidas daquela capital. A data assinala o começo da industrialização automotiva em nosso País.
E esse fato me remete a priscas eras em Jaguarão, quando ali existiam as revendas Ford e Chevrolet, respectivamente representadas pelos senhores Olívio Brum e José Laborda – numa época em que até os mais abonados penavam para adquirir um carro novo – com o que se limitavam ao comércio de autopeças. Se não me engano, os primeiros automóveis Ford que chegaram à cidade foram modelos de fabricação 1949 destinados ao construtor Gaspar Scangarelli e ao prefeito Dr. Ernesto Marques da Rocha. A Agência Ford contava ainda, em seu leque de atendimento, com Oficina Mecânica e Posto de Gasolina.
Parece-me que toda oficina mecânica que se prezasse, naquele tempo dispunha do seu próprio posto de combustíveis, como eram o caso de Cláudio P. de Freitas e Cantídio Occacia. Daquelas mais antigas, apenas a oficina de Martim Queijo não se dava a esse luxo. Tenho uma vaga idéia de que havia uma bomba de gasolina Ipiranga ali na esquina das ruas General Osório e Andrade Neves, de propriedade de Alter Gonçalves – o que preciso conferir com as “memórias vivas” de Cleber Carvalho e Cláudio Ely Rodrigues. Esses estabelecimentos eram suficientes para atender a precária demanda da época.
Até me recordo daquele “guarda-louça” preto e quadradão, lataria inteira, quatro portas, os vidros enormes nas janelas e pára-brisa, que “a gente não precisava entrar de bunda para se sentar” como diziam os avoengos. O Marino Hernandorena, com um braço só, pilotava esse seu flamante e antediluviano “bólido” pelas ruas da cidade, ostentando uma privilegiada condição social. A maioria da população valia-se de “autos de praça” nos deslocamentos mais longos atendidos pelos “choferes” André Nunes, Celerino Gonçalves, Gualter Silva e José Luiz Cunha, os mais conceituados.
Cheguei a freqüentar o balcão da Ford em Jaguarão para amenas conversas nas horas de pouco movimento com o filho do “seu” Olívio, meu amigo Flávio Brum. Inteirava-me então das imensas dificuldades de se colocar um carro “zero Km” nessa localidade para cumprir a cota mensal estipulada pela montadora em São Paulo. E o Flávio se via obrigado a seguidas viagens à Paulicéia para retirar um ou outro veículo na porta da fábrica e ali mesmo repassá-lo a preço de custo aos “picaretas”, sempre a postos para “tirar a corda do pescoço” daqueles concessionários ameaçados de perder a revenda.
Mas de uma coisa tenho certeza, Alter Gonçalves foi o pioneiro local na comercialização de carros populares, quando conseguiu ser concessionário de uma marca francesa. Na ocasião, recém tinha sido lançado no Brasil o Renault 4CV 1952, o popular “Rabo Quente”, um carrinho que parecia ser de brinquedo, 3,6 metros de comprimento e 600 kg de peso, velocidade máxima de 95 km/h. Ideal para um casal com crianças, tinha razoável conforto para quatro passageiros de estatura mediana.
Assim, o Pompílio me refrescou a memória, fazendo-me visualizar aquela incrivel carreata de “Rabos Quentes” (seis mais ou menos), puxada pelo “seu” Alter, pelas ruas de Jaguarão até a residência do prefeito Graciliano Jerônimo de Souza, grande administrador apesar do biotipo minúsculo, onde fez entrega da sua primeira encomenda.