segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A HONRAR OS PROFESSORES DO JULINHO (III)

Prédio atual do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, inaugurado em 1958, situado na Praça Piratini.

1958, ano da conquista do primeiro campeonato mundial de futebol pelo Brasil, do qual acompanhamos uma das partidas através de um rádio de válvulas, tipo capela, introduzido na sala de aula por um dos colegas. Foi o ano em que cursávamos o 3º Científico, sendo iniciados nos segredos das integrais e derivadas pelo professor Mello. Paraibano se não me falha a memória, aparecia sempre em aula com sua gravatinha de tope vermelha, trajando um casaco de lã verde. Enchia o quadro negro de equações, demonstrando teoremas matemáticos e ia apagando o que já estava escrito sem dar tempo para a gente copiar. O apagador saturava-se de pó de giz e não dava conta da sua função. Para não gastar alguns minutos batendo e tirando aquele pó, muitas vezes o mestre utilizava a própria manga do casaco para limpar os borrões no quadro negro. Era um sufoco danado para a turma.
Um belo dia, antes de o professor entrar em aula, o colega Mauro Knijnik propôs para a turma:
– Hoje não vamos deixar Mello dar aula –. Em seguida, o mestre chegou e ia abrir o livro de chamada, quando Mauro, com aquela cara de pau o interrompeu:
– Dá licença, professor?
– Pois não.
– Professor Mello, hoje nós gostaríamos de homenageá-lo e a turma me incumbiu de passar às suas mãos uma pequena lembrança, “singela, porém sincera”, em que todos se cotizaram para sua aquisição.
Mauro, então, entregou uma caixinha enrolada para presente, àquele mestre. O professor Mello, surpreso, cortou a fita, desenrolou o papel e deu de cara com um isqueiro metálico em aço inoxidável, tipo “zip”, muito em voga na ocasião. Aí não conteve mais sua emoção e improvisou o agradecimento, dizendo da importância daquele gesto, não pelo valor econômico do objeto, mas sim pelo valor simbólico que representava. Então, desfiou para todos nós a miséria e a subnutrição dos seus tempos de roça, a alfabetização retardada, sua condição de migrante nordestino, autodidata, enfim sua luta pela sobrevivência. A turma o ouviu embasbacada e, ao final, aplaudiu-o, todos de pé. Entre cumprimentos e abraços, havíamos perdido uma aula de Matemática, mas ganhávamos uma inesquecível lição de vida.

Educação Física, praticávamos no Estádio Ramiro Souto, no Parque da Redenção. Eu era uma nulidade em matéria de esportes. Nas partidas de voleibol, era sempre o último a ser escolhido para compor as equipes. Certa ocasião, minha equipe levava um vareio do adversário, quando o pessoal interrompeu a contenda, reclamando que eu desequilibrava o jogo para os outros. A equipe adversária aceitou me trocar pelo pior dos seus integrantes. Passei para o outro lado da rede e, logo em seguida, o juiz deu rotação para o meu novo time, competindo-me a vez de dar o saque. Atirei do jeito que pude e a bola foi dar bem atrás dos outros jogadores, dentro da quadra, quase em cima da risca. Ponto! E assim se sucederam outras rotações até que tive de dar novo saque. Estava com medo de errar, mas não me permitiram a substituição. Saquei e, de novo, marquei ponto. Os companheiros do outro lado não se contiveram:
– Jaguarão, seu sacana, tinhas que sair daqui para acertar saque do lado de lá.
Paulinho era nosso professor, gente finíssima, amigo dos alunos, pena que me tenha treinado quando já atingia a idade para ser dispensado daqueles exercícios. Prova de salto à distância: eu vinha correndo, chegava na risca e dava um passo. Paulinho notou minha dificuldade, chamou-me de lado e me explicou com noções elementares de Física: “vai lá correndo e dá uma estocada com os dois pés em cima da risca; a força da inércia vai te jogar longe”. Não deu outra: superei de primeira a marca mínima para aprovação. Também no saldo em altura, quando insisti para pular a partir do nível mais baixo da barra sem conseguir, ele reparou na minha maneira equivocada. Novamente, orientou-me para que eu procurasse correr na diagonal, chegando perto que eu levantasse uma das pernas e desse impulso com a outra. Assim, venci meu bloqueio daqueles sessenta centímetros e fui saltando até atingir 1m30cn para aprovação, dando-me por satisfeito. Até pouco tempo atrás, ainda mexia com ele: se me treinasse mais, acredito que me tornaria um atleta razoável.
Eis ai meu depoimento como figurante desta produção que marca a história dos 100 anos do nosso querido Julinho.

(in "Julinho 100 Anos de História"/ Org. Otavio Rojas Lima e Paulo Flávio Ledur. - P. Alegre: AGE, 2000).

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A HONRAR: OS PROFESSORES DO JULINHO (II)

Prédio antigo do "Julinho", na Avenida João Pessoa, destruído por um incêndio em 1951

Fevereiro de 1956. As férias perdidas, ocupei-me durante todo o tempo a decifrar o enigma da Química Inorgânica, reservando alguns dias antes de começar os exames de segunda época para fazer uma revisão na matéria de Geografia. O professor Procópio Mariath foi quem formulou as questões de Química. Dominando o assunto, consegui minha aprovação com nota nove. Faltava, no entanto, acertar as contas com Dona Geografia para conseguir ingresso no segundo ano. E, como havia subestimado mais essa preparação, não logrei alcançar meu intento.
Diante desses resultados, busquei uma nova matrícula no 1º ano Científico. Na Secretaria do Colégio, informaram-me então que as inscrições já estavam encerradas desde dezembro do ano anterior. Tentei argumentar que, naquela data, ainda dependia de novos exames para saber em que série deveria estudar. A atendente me falou, na ocasião, da matrícula condicional que eu desconhecia e me sugeriu que encaminhasse à Direção aquele meu pleito. Recebeu-me a professora Mery Fagundes, de quem eu fora aluno de Espanhol. Expus a ela todo o equívoco causado pela inexperiência de jovem interiorano, desorientado na Capital. Depois que me ouviu, a Diretora achou que deveria levar ao Conselho o meu caso: seria difícil, não poderia prometer nada, que eu a procurasse daí a dois ou três dias. Decorrido o período, saí no encalço da professora Mery; encontrei-a saindo da cantina, quando me relatou a decisão do Conselho: em consideração ao meu comportamento como aluno esforçado, houveram por bem abrir um precedente e aceitarem minha matrícula fora do prazo. Que eu não perdesse tempo, passassse logo na Secretaria e acertasse tudo.
A repetência me proporcionou excelente oportunidade de consolidar o aprendizado precário do ano anterior e me deu mais segurança para assimilar os conhecimentos posteriores: meu desempenho escolar melhorou sensivelmente. Mais feliz ainda fiquei em continuar mais um ano como aluno de Espanhol da professora Mery. Os resultados foram tão estupendos que, antes de findar o ano letivo, a cara mestra me chamou para comunicar que, junto com outros dois colegas, estava concorrendo a uma bolsa de estudos patrocinada pelo Consulado de Espanha e que, até aquele momento, liderava a disputa, dependendo apenas dos exames finais para vencer a corrida.
A preparação das provas era árdua e nos exigia imenso esforço, com o que a gente ia cansando à medida que avançava nos exames realizados. Espanhol era uma das últimas provas, se não a última. Já estava com boa média e não precisava me empenhar; daí uma nota razoável, sem brilho, resultado que me tocou, como prêmio de consolação, o livro “Garcia Lorca”, de Edgard Cavalheiro, ofertado pela Companhia Editora Nacional. 
Os bico-de-pato da Engenharia
A professora Mery colecionava chapéus de calouros universitários, seus ex-alunos. A fim de resgatar uma grande dívida de gratidão, levei-lhe meu bico-de-pato da Engenharia,

Baixo e magro era o Pinto Lima, professor de Geografia da nossa turma. Naquela época, ele costumava gravar as suas aulas e as reproduzia para a classe. Creio que deveria utilizar um gravador portátil de fita de rolo. Apenas escutávamos aquelas suas lições, através da voz metálica do aparelho, na primeira metade do período, após o que ele costumava escrever no quadro negro um resumo daqueles pontos. No primeiro semestre, comecei a empilhar notas 10 em todas as sabatinas, inclusive no exame do meio do ano. Entusiasmei-me de tal modo que decidi me laurear em Geografia, essa megera que me deu rasteira no ano anterior. E o negócio continuou indo bem até a última sabatina do ano, quando alcancei um nove. Eram dez questões que as respondi todas, com exceção de uma por não constar em meus apontamentos, os quais tinha todos na ponta da língua. Fui reclamar ao professor Pinto Lima que aquela questão não havia sido abordada em aula. Ele consultou o livro de chamada e lá estava anotada a matéria completa. Retruquei-lhe que eu não havia perdido nenhuma das suas aulas, vinha anotando todos os pontos e tinha absoluta certeza de que fora omitido aquele assunto.  Teimoso, ele não deu o braço a torcer e até me disse que alguns colegas haviam respondido a dita questão. Achei por bem encerrar a discussão por ali mesmo, pois sabia que aqueles colegas costumavam faltar às aulas e haviam copiado o tal ponto de outra turma, na qual não fora omitido. Faltavam ainda algumas aulas para encerrar o ano letivo; deixei de frequentar as preleções desse descuidado mestre e, no exame final, apenas compareci para entregar a prova em branco, pois já tinha média suficiente para aprovação.

       (in "Julinho 100 Anos de História"/Org. O. R. Lima e P. F. Ledur. - P.Alegre : AGE, 2000).

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

PARA HONRAR: PROFESSORES DO JULINHO (I)

Prédio do Arquivo Público do Rio Grande do Sul, na Rua Riachuelo, em Porto Alegre.

Março de 1955. Primeira aula no Júlio de Castilhos, ali estava eu, um dos privilegiados que ingressara no educandário, valendo-se da condição de oriundo de ginásio estadual e, portanto, dispensado do exame de seleção para o curso Científico. Com problemas auditivos, escolhi uma das classes bem à frente. No estrado, sentado à mesa, o professor Magadan tinha acabado de fazer a chamada dos alunos; olhou para mim e me convocou para chegar ao quadro negro. Com ar enérgico, ordenou-me para traçar uma reta na horizontal, dispondo para tanto de uma régua. Depois, deu-me um compasso, para dividir ao meio a reta. A prova me era desconhecida e tentei resolvê-la com o compasso fechado, utilizando-o como unidade de medida: deu um compasso e mais uma parte que marquei a giz no mesmo. Aí, comecei a medir a palmo e a dedo o compasso... O mestre gritou: “pode parar por aí”. Em seguida, perguntou-me: “de onde você vem”? Respondi-lhe que de Jaguarão. A classe inteira caiu na gargalhada, um gaiato do fundo, exclamou:
– Aí, Jaguarão!
– Silêncio, vamos fazer silêncio! – Era o Magadan botando ordem na aula.
O pessoal então se aquietou para ouvi-lo falar:
– Eu posso chamar qualquer um de vocês aqui na frente e estou certo de que irão desempenhar bem pior do que este rapaz. Infelizmente, essa é a realidade do nosso sistema de ensino no Ginásio.
Porém, o estrago já estava feito: ganhei o apelido de Jaguarão, que tive de carregar durante todo o tempo em que estive no Colégio Estadual Júlio de Castilhos e mais ainda na Escola de Engenharia da UFRGS, aliás, com muito orgulho.

Aquele meu primeiro ano no Júlio de Castilhos foi terrível como período de adaptação. Imensas dificuldades em Química e Física, aos trancos e barrancos nas demais matérias, com exceção de Desenho e Espanhol (era da Fronteira, tinha que dar banho), nas quais me destacava. O Julinho na época funcionava no prédio do Arquivo Público, na Rua Riachuelo, e tinha comunicação com os fundos do Teatro São Pedro.
As aulas à tarde eram de turmas masculinas e, de manhã, femininas. Bilhetinhos deixados nas classes, iniciavam-se romances. Às 13 horas, eram feitas as primeiras chamadas. No verão, aulas modorrentas, duras de suportar. O professor Athaualpa Ig Cibils, adepto da decoreba (para aprender Química tem que decorar), no primeiro período, pedia-nos um pouco de paciência para dar a matéria nos quinze minutos iniciais, reservando os restantes para uma sesta geral, que ele liderava no maior dos roncos.
Devo confessar que a Química Inorgânica não correspondia a todos os meus esforços: a única prova em que consegui alguma nota foi decorrente de uma questão sobre cálculo estequiométrico, álgebra pura, o meu campo; de resto, zero, zero e mais zeros. Fim de ano, lutava para defender a média que me possibilitaria a chance de uma segunda época. Já tinha rodado em Geografia, cada pontinho nas demais matérias era importantíssimo para atingir meu objetivo. No exame oral de Português, tive uma sorte tremenda: detive a estudar sobre a Língua Portuguesa no mundo, e este foi o ponto que me tocou para dissertar. E os três mestres, cada um com seu examinando, pararam a me escutar na explanação. A professora Idália, decepcionada com seus pupilos que me antecederam até aquele momento, dispensou-me então do seu exame, dizendo que acompanharia a média dos outros integrantes da banca, por sinal uma boa nota. E lá fui eu, dois ou três dias depois, enfrentar o oral de Química.
O mestre Athaualpa detestava desperdiçar suas férias num exame de segunda época. Assim, foi-me dando as suas indiretas para saber com quantos paus eu faria minha canoa. “Não tem jeito, professor, qualquer nota que me der, serve”. E ele insistindo até que lhe revelei – onze. “Mas como, seu cretino, e ainda tens coragem de  comparecer aqui; manda-te e vê se não aparece mais na minha frente”. Saí com o rabo entre as pernas. Quando as notas foram publicadas, verifiquei aquele meio ponto, para me arrasar mesmo.
Daí, passei a concentrar todos os meus esforços em Física, a última prova, a esperança derradeira. Joguei todas as minhas fichas nesse jogo. Terminado o exame, conseguimos com o professor Dillenburg para fazer a correção logo em seguida. Uma hora depois, abriu-se a porta da sala trancada e surge o mestre com um pedaço de papel na mão. “Deu, deu, deu, não deu, deu”... – ele informava se a nota necessária tinha sido alcançada ou não. A periódica 6,666... delimitava a minha linha fatídica e tinha dado, o que depois veio a ser confirmado na correção final – 6,67. Dessa forma, com média de 5,0006 garanti aquela segunda época. 

(in "Julinho 100 Anos de História"/Org. O. R. Lima e P. F. Ledur - P.Alegre: AGE, 2000).

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

MENSAGEM PARA O "ARCANJO" RAFAEL PINTO

 
Evgeni Dobrovinski (Capa de uma plaqueta da Ode à Tipografia, de Pablo Neruda, 1977).


Batias bem o componedor na caixa dos tipos ao compasso duma melodia surgindo em tua cabeça, enquanto apareciam caracteres de todos os lados.

Mal sabias que, naquela dança animada, a cultura vinha aos borbotões, as palavras e linhas do texto se transformando em nascente pensamento.

Mesmo assim não te descuravas daqueles difíceis significados e interagias pelo ritmo de tua inspiração, em contraponto às rebuscadas frases.

Tuas mãos esculpiam uma harmonia perfeita da forma com o conteúdo, os dedos encardidos de artífice compondo a mais limpa das obras gráficas.

Eras Mestre em corrigir a ortografia nos descuidados originais e eu aquele Aprendiz a quem fazias sem querer pegar gosto pelo idioma pátrio.

Quando cochilavas à beira da bancada, oxalá teus sonhos pudessem alcançar a evolução da prensa de Gutenberg até a atual Era da Informática.

E assim me tornaste um escriba sem maiores pretensões do que jogar com as letrinhas como costumava fazer antigamente nos tipos de antimônio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

IDEIAS QUE BROTAM DESTA IMAGEM SINGELA

Lançamento de "Lá Pelas Tanras" no Espaço Cultural do BRDE:
Bezerra & Bielinski em 28/10/2010, quando me brindaram com primorosa reportagem fotográfica.

Confrontos à parte, sempre tive excelente relacionamento com o saudoso colega Carlos Augusto Dal Zen Bezerra, não só como funcionário do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, trocando informações para nosso melhor desempenho profissional, mas também como amigo leal e entusiasta sempre pronto a nos apoiar nas iniciativas culturais que empreendíamos através da nossa Associação de Funcionários, entre as quais Boletim Informativo da AFBRDE e Oficina com o jornalista João Carlos Tiburski, já falecido.
Havia ainda afinidade nas origens, pois Carlinhos era filho de segundas núpcias com Dª. Maria Thereza do conterrâneo Sr. Orestes Bezerra, auditor de finanças da Secretaria da Fazenda, aposentado em Nova Prata, de onde aquele era natural, como seus irmãos Carmem e Flávio. Além disso, era sobrinho de Dª. Geny Gentilina Bezerra Neves, casada com o Sr. Cristóvão Almeida Neves, pais de seus primos Sheldon e José Aparício, inesquecíveis companheiros do chimarrão dominical. Por parte de pai, viúvo de Dª. Arminda de Souza Bezerra, tinha mais dois irmãos, os jaguarenses Luiz Aparício e Valdeci.
Falecido a 31/01/2012, um dia após completar 65 anos, mesma véspera em que sua filhinha Clara Gabriela, de seu matrimônio com a colega Jaqueline Bielinski, festejaria seu nascimento há seis lustros. Jaqueline e Carlinhos trabalharam muito tempo juntos no setor financeiro da Direção Geral do BRDE e, com eles, participei da montagem de vários programas para recuperação de crédito nesse Banco. Então me foi delegada a missão de coordenar securitização rural e refinanciamento do BNDES, no tocante à Agência de Porto Alegre.
Confesso que tive de partir do ponto zero para dominar uma área que desconhecia, valendo-me da proximidade física entre DIGER e AGPOA para colher as informações necessárias à custa de muita insistência com diversos responsáveis dos mais variados setores do BRDE. Sem querer menosprezar a importância de todas essas pessoas que me auxiliaram com presteza e boa vontade, devo salientar o proveitoso contato com Jaqueline Bielinski e Carlos Bezerra na jornada que travávamos para cumprir os prazos estabelecidos pelo BNDES.
Antes, porém, tivemos de enfrentar a batalha pelo levantamento da liquidação extrajudicial do nosso Banco, em consequência da quebra do Produban, de Alagoas, com o elevado número de certificados de depósito interbancário ali investido pelo BRDE. Na Assembleia dos funcionários, na AGPOA, foi constituída comissão para tratar da defesa dos interesses do pessoal, através da representação oficial de Renato Albano Petersen, Carlos José Ponzoni, Nede Lande Vaz da Silva e Carlos Augusto Dal Zen Bezerra.
Enquanto isso, outra ala “xiita”, na qual me incluo juntamente com Luiz Carlos Beiller de Freitas, João Francisco Sattamini e Milton Silva e Silva, movimentava-se na “contramão”, apoiando a ação popular contra o interventor do Banco Central no BRDE, patrocinada pelo advogado Dr. Antônio Carlos Gomes, e tentando convencer a maioria renitente a abraçar a causa institucional em detrimento da situação funcional, o que veio se concretizar pela ampla mobilização política e social de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. 
Nesta época, Carlinhos e eu estávamos em lados opostos, da mesma forma Jaqueline, ainda sem ligação afetiva com ele, que nos dava suporte na intransigente oposição a uma maioria acomodada numa garantia de futuro emprego. Até que as duas correntes passaram a se articular numa mesma direção para levar a bom termo o levantamento dessa liquidação extrajudicial. 
E coroando todo esse esforço, ao ser homenageado pelos 30 anos de serviço prestados ao BRDE, Bezerra chegou a arregimentar em torno de si, os funcionários aprovados em Concurso que não se realizava há mais de duas décadas. De outro lado, nessa mesma cerimônia, em contraponto apresentei os colaboradores contratados que deixavam o Banco, em busca de colocação no mercado de trabalho.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Mostra Literária BRDE: 54 autores funcionários

Da esquerda para a direita: Adriana Reus, Carlos José Ponzoni, Dir. Carlos Henrique Vasconcelos Horn, Miriam Tolpolar, Mayara Penna Dias, Fernanda Letícia de Souza, José Alberto de Souza, Leandro Leal Ghezi, Zinaida Tscherdantzew, Felipe Daiello, Denise Weinreb, Corálio Bragança Pardo Cabeda, Aline Vieira Malanovicz, Vera Regina Ferreira Carvalho, Vera Lúcia Ambrozi, Thiago Fetter da Silva, Dir. Neuto Fausto de Conto e Antonio Sidinei Scarparo.
Dia 3 de novembro, recebemos Certificado de Participação, como colaboradores do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, na I Mostra Literária que se realiza presentemente no Espaço Cultural –Projeto Memória do BRDE. Este evento está inserido na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, embora lançado simultaneamente com o Balcão Literário BRDE no saguão do Edifício Comendador Azevedo, onde se situa a sede Banco, e foi prestigiado com a presença do patrono da Feira, escritor e jornalista Airton Ortiz, e do Presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Marcos Antônio Cena Lopes.

O Balcão Literário, inaugurado na ocasião, serviu para consolidar uma das iniciativas do BRDE de incentivo à cultura com a instalação de uma estante no referido saguão, destinada a abrigar os livros recebidos por doação e que serão oferecidos para retirada livre e posterior devolução. Em um segundo momento, foi lançado o Projeto Memória BRDE e a 1ª Mostra Literária, na sobreloja da GEPLA. O economista da Superintendência de Planejamento (SUPLA), Carlos Ponzoni, coordenador do GT-Pró-Memória-BRDE, salientou o resultado alcançado no resgate de cerca de 54 autores distribuídos através de 122 títulos.


Além de Certificados de Participação, todos esses escritores foram agraciados com a obra “Memória da Litografia – Pedras Raras da Livraria do Globo”, da artista plástica Miriam Tolpolar, editada sob o patrocínio do BRDE e prefaciada pelo seu Diretor de Planejamento Carlos Henrique Horn. Ainda foram disponibilizados marcadores de página reproduzindo trechos da obra de cada um dos autores. Destaque especial para a apresentação da Escola de Música do Instituto Popular de Arte-Educação (IPDAE), que abrilhantou a festa em diversas fases da solenidade. Um esplêndido coquetel foi servido a todos convidados.

A primazia de ser agraciado pela artista plástica Miriam Tolpolar
E para finalizar cumprimentamos aos Diretores Carlos Henrique de Vasconcelos Horn e José Hermeto Hoffman, representantes do Rio Grande do Sul no BRDE, e aos colegas Carlos José Ponzoni, Adriana Reus, Beatriz Trois Cunha Poli, Maria Eliana da Silva, Maria Leonora Oliveira, Michelle Santellano e Aline Tyska, integrantes daquele Grupo de Trabalho pela sensibilidade em promover um evento de tamanha importância para a comunidade da Instituição, desejando que se repita sempre esse sucesso em futuros empreendimentos.




quinta-feira, 6 de novembro de 2014

NA "MOITA", QUEM DISSE QUE ELE ESPERAVA?

Entre as pessoas referidas, além de Júlio Cunha, já se encontram 
na “sobreloja” Luiz Carlos Silveira, Newton Silva e Anysio Resem.

Julinho ensaia com Aroldo Dias em Jaguarão e logo se põe a dedilhar o pinho altissonante daquele. Era bem a “baixaria” que vinha sonhando executar desde os seus dez anos, idade na qual nascia para o violão. Daí o seu desejo de ficar com o instrumento do Aroldo, em troca dava o seu Del Vecchio, com fio e tomadas para caixa de som, super incrementado, levava tudo. Mas o outro, cantor profissional, não podia prescindir da sua ferramenta de trabalho.
Estávamos ali presenciando o “cambalacho”, Newton Silva, Luiz Carlos Silveira e eu, entreolhávamo-nos telepaticamente entendidos – Julinho está precisando de um violão mais à altura do seu talento – e fingíamos ignorar o “drama”, no fundo nos acumpliciávamos a fim de aprontar alguma para o querido amigo.
Em Porto Alegre, Eulálio Delmar Faria e eu nos desincumbíamos da missão de procurar Aroldo Dias e conferir as características do seu Rei dos Violões caixa alta, surdo, sonante, bom de graves, bem ao estilo Júlio Cunha. Dali procurávamos o artesão Breno, no Partenon, transversal à direita da Avenida Bento Gonçalves, uma rua que sobe o morro em frente da torre do Supermercado Carrefour, casinha verde com aberturas pintadas de vermelho, nº 489, nem me lembro do nome da rua. Lá chegando, éramos recebidos em meio a violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, surdos, mudos e falantes. Breno ficava sabendo das nossas pretensões e nos mostrava a sua especialidade. Eulálio experimentava (não tem outro?), tocando e comparando e chegava à sua conclusão: “Este é o mais semelhando ao do Aroldo, mas aquele sete cordas se presta mais para Julinho exercitar sua criatividade”.
Negócio feito, dirigiamo-nos a Jaguarão e combinávamos reunir um grupo de amigos na Churrascaria Rafa – Luiz Carlos Silveira, Eulálio Delmar Faria, Newton Silva, Anysio Resem, Paulo Sabbado, Alvanir Freitas e eu. Júlio não sabia de nada, o pretexto era de oferecer um assado para Eulálio, seu velho companheiro de seresta, ele não devia deixar de comparecer.
Após comes e bebes, dava-se início aos trabalhos: “Julinho, os teus amigos aqui reunidos gostariam de te oferecer através de Luiz Carlos uma pequena lembrança, traduzindo toda admiração e apreço pela tua pessoa” – e o portador passava a suas mãos o violão encapado que o garçom vinha trazendo e dizia ser este mais completo e adequado ao seu desenvolvimento artístico.
Pego de surpresa, mal atinava em desencapar o objeto, o homenageado vê bem o que há de diferente neste violão (sete cordas), qual a marca (Julio Cunha, 10/02/1990), olha só que bordões. Na sua humildade, Julinho dizia que em seus 53 anos bem vividos jamais tinha recebido um presente igual aquele. Enquanto isso, sentíamo-nos honrados por representar outro tanto de seus amigos que gostariam de estarem ali presentes, apesar da noite chuvosa.
(Matéria publicada em 24/02/1990, no jornal “A Fôlha” de Jaguarão).

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Carta publicada em 18/04/1987 na "A Fôlha"/ JGO

À direira, Dair Nunes, récnico Campeão Juvenil 1970, pelo  Crizeoro
Volta e meia, tenho o prazer de me deparar aqui na Capital com a figura simpática e entusiasta do amigo Dair Nunes. Para mim, ele continua o mesmo daqueles tempos em que me criei na sempre lembrada Jaguarão. Ao que me consta desde que me conheço por gente, sempre vi o “Zazá” lépido e faceiro a correr atrás de uma bola. Desportista acima de tudo, praticando os mais diversos esportes – futebol, vôlei, basquete e outros mais. Incentivando as “peladas” da várzea, orientando os jovens nas tantas equipes que formou. Um carregador de piano, quantos pianistas não brilharam à sua custa!
Repito, tal encontro sempre me proporciona esta nostálgica sensação de retorno às origens. “Zazá” põe-me a par daquilo que acontece no meio esportivo da nossa cidade. Fala-me do seu inacreditável amor, autêntica paixão, pelo nosso saudoso Esporte Clube Cruzeiro do Sul. Da sua obstinada dedicação, creio que razão de ser da sua própria vida, na incansável tarefa de manter acesa a gloriosa mística tricolor.
Mas “Zazá”, velho amigo, vem me desabafar as suas mágoas pelo cansaço gerado com a incompreensão daqueles que lhe poderiam prestar um apoio mais eficaz. Fico sabendo que se encontra aqui na Capital tratando da sua saúde e que ao mesmo tempo aproveita para providenciar no encaminhamento de ficha de atleta da Associação Cruzeiro Jaguarense, na Federação Rio Grandense de Futebol. E assim os assuntos se vão sucedendo até chegarmos ao impasse surgido dentro daquela Associação quanto à sobrevivência do Departamento de Futebol, a qual vem sendo ameaçada por correntes favoráveis à sua extinção, apesar da fusão anteriormente acordada pelas duas sociedades – Clube Jaguarense e Esporte Clube Cruzeiro do Sul.
E nós aqui – Sheldon, Aparício, Nede e eu – estrelados da velha cepa, em nossas reuniões informais, ficamos perplexos ante a crítica situação a que chegou nosso inesquecível time do coração. Não conseguimos entender por que o “cruzeirista” está se tornando uma espécie em extinção. Por que dentro daquela Associação não existe gente disposta a reagir contra esse estado de coisas. Por que não se reúnem os remanescentes daquelas épocas áureas, buscando uma solução mais honrosa para essa questão. Quem sabe até denunciando o convênio dessa malograda fusão. 
Afinal de contas, “Zazá” não merece representar esse melancólico papel. 

sábado, 18 de outubro de 2014

* FALA, VIOLINO! * (Jayme Lewgoy Lubianca)

Ao amigo Souza, com o prazer renovado, POA, 03/11/2004.

Falava um violino em sua linguagem
De seus sonhos, de seus ciúmes,
Descrevia soberbas paisagens,
Falava de amores e de queixumes.
Tange a corda de um violino choroso,
Traduzindo com magia a tristeza,
Em suas arcadas, ruge o vento, sussurra a brisa,
Ó sábio! O sábio fica no esquecimento,
E o louco furioso! O louco furioso ameniza.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

AS CINQUENTA MIL "CARAS" DE NOSSO POETA


Nesses últimos dias, tem me acontecido vários fatos imprevistos que me constranjo em comentá-los para não bancar o louvor em causa própria, como se quisesse evitar algum assunto de pouca importância.
Arrisco-me, porém, a ser mal interpretado, pois não consigo conter minha empolgação com este acúmulo de sucessos que me foi proporcionado de modo tão intenso dentro da comunidade de generosos amigos.
Primeiro, o 1º. Lugar obtido na categoria Crônica do II Prêmio Varal do Brasil de Literatura (edição 2014), com o trabalho “O Velho Chateau Daqueles Rapazes de Antigamente”, concorrendo só por teima.
Este era um texto que já vinha sensibilizando algumas pessoas e que me animava a regá-lo de muita esperança, afinal não sou um nome consagrado, uma celebridade, apenas buscava reconhecimento público.
A seguir, deparo-me atingindo a contagem do milésimo comentário em uma das postagens deste nosso blogue, o que foi motivo de receber inúmeras congratulações de meus caros seguidores, após confirmada.
E ainda constato chegar à marca das 50.000 visualizações no total de 285 postagens, o que representa mais um evento a ser comemorado e partilhado com todos aqueles que me distinguem com seus acessos. 
E tem mais a mostra das publicações de autoria dos funcionários escritores do BRDE (Rua Uruguai, 155), a ser lançada às 17 horas do próximo dia 3 de novembro, parte integrante da 60ª. Feira do Livro.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

JÁ ATINGIMOS A CONTAGEM DO "MILÉSiMO"...

Havendo recebido o milésimo comentário na postagem anterior deste nosso blog, decidimos publicar uma representativa série  de "emblemáticos” para homenagear todos leitores que nos honram com seus acessos.


0001. Seu Souza, folgo em ver que os mistérios da Internet, aos poucos, vão sendo desvendados pela sua perseverança.Há braços!! em 1º de agosto de 1929
Mauro Castro
em 01/08/07

0101. Querido Souza....siempre leo tus historias y comentarios, y me daba verguenza no responderte.....me daba, por que estoy acá te acompañando y queriendo participar de estas innúmeras historias de un poeta que flota....flota....y es leve como una pluma.Fabio em Como entrar num parafuso sem fim
Anônimo
em 31/03/08

0201. Aplaudo o retorno do talento amigo, esbanjando jovialidade e graça! Aguardemos a Dulcinéia superar o desencanto? Parabéns!Adilson Rodrigueiro em DESENCANTANDO DULCINEIA (I)
em 27/01/09

0301. Oi, pessoal: A Lúcia foi minha professora de informática. Ela me enviou um e-mail tipo circular pedindo uma corrente em favor de sua sobrinha, com leucemia aguda. Eu respondi perguntando o que mais poderia fazer além de incluí-la em minhas orações. A resposta dela está aí acima. Eu repasso pra vocês porque talvez os jovens das nossas relações - entre 18 e 60 anos - queiram aderir a essa nobre campanha de doação de medula. Guilherme. em Na fila à espera de um transplante
Anônimo
em 04/09/10

0401. Querido amigo, conterrâneo, apoiador, muito obrigado pela matéria em seu prestigiado blogue. Arquivei com carinho como lembrança. Abração. Je. em Ele revela que nasceu em Jaguarão
em 15/05/11

0501. Grande Mestre José Alberto de Souza, Parabéns é muito pouco pelo muito que você tem feito pela cultura brasileira. Os jovens precisam conhecer o que um dia registrou e não só desiquilibrados, voando com seus carrões e fazendo vítimas a cada momento. É hora de uma reforma na Constituição, na vida daqueles que vem apressadamente tentando substituir-nos. A palavra mais adequada a realidade brasileira é "conscientização". É hora de acordar para que nosso país não passe pelo mundo com a rapidez que a última década registrou. Forte abraço e parabéns. Já deveriam ser pelo menos 100 mil. E quando esse número for registrado estarei aquilo com muita alegria para parabenizá-lo. Edemar Annuseck São Paulo - SP emATINGIMOS MARCA EMBLEMÁTICA
em 22/10/11

0601. Escritor José Alberto há momentos na vida que são aquela lufada de ar novo a nos recompor. Você foi até Valinhos para somar em literatura junto aos jovens. Isto esparrama uma alegria grande em nossos corações. Parabéns por tão bonita empreitada! Vale à pena a estrada quando nela nos deparamos, surpreendentemente, com homens como você e mulheres como Clarice Villac. Poxa que bom fazer parte dessa turma de vocês! Sou uma privilegiada. Beijo daqui. Fatima/Laguna/SC em INTERATIVIDADE EM VALINHOS-SP
Anônimo
em 20/03/12

Anônimo
em 24/09/12

0801. Linda Tio!! em UMA LETRA EM BUSCA DE UMA MELODIA
em 30/07/13

0901. Poeta das águas doces, saudações! Coincidência grande, estou a aprender escrita com o grande Marcelo Spalding por um curso na Internet. Um abraço. Raimundo Cândido em O GRANDE DESAFIO DE PUBLICAR UM LIVRO
em 23/04/14


1001. Parabéns Tio! Este prêmio só vem corroborar o que nós já conhecemos, o seu talento. Bjs em PARA QUEM É PARTE DESTA MINHA HISTÓRIA
Quenia López de Resem
em 04/10/14

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

UM AMIGUINHO PARA MINHA NETA MARIANA

Visitante ilustre,
ele surgiu assim sem avisar,












com suas cores resplandecentes,












 e não se fez de rogado
para devorar as frutinhas tentadoras.

Fotos de Marylene Fernandes Vieira.









terça-feira, 30 de setembro de 2014

PARA QUEM É PARTE DESTA MINHA HISTÓRIA



O Varal do Brasil tem a honra e a alegria de anunciar os vencedores e as menções honrosas do II Prêmio Varal do Brasil de Literatura (edição 2014).

Nossa comissão julgadora foi formada por: Clevane Pessoa de Araújo Lopes, Luiz Carlos Amorim, Maria de Fátima Barreto Michels, Sabrina Bulos e Valdeck Almeida de Jesus.

Os vencedores!
Primeiro lugar em:

- CONTO:  Título, por Rui Pedro Pinheiro
- INFANTIL: Tavito, um Sapinho Diferente, por Flávia Assaife
- POEMA: De vida, mágica e mistério, por Gaiô
- CRÔNICA: O velho Chateau daqueles rapazes de antigamente, por José Alberto de Souza

Menções honrosas: (sem ordem de classificação ou categoria)

- No Face, por Ana Polessi
- Fatalidade, por Rossana Aicardi Caprio
- Preta, por Maria Luiza Vargas Ramos
- A aura do Varal, por Gladis Deble
- Salão de Beleza, por Magda Resende
- Será que pode?, por Joana Puglia
- Rato Zé, por Edna Barbosa de Souza
- O dia em que perdi perdão a Leonardo da Vinci, por Isis Berlinck Renault
- Aribelo, por Anette Apec Barbosa
- Cinema, por Marco Miranda
- A Mulher no espelho, por Tulia Lopes
- Harmonia, por Sonia Cintra
- Auréolas, por Sandra Berg
- O encontro dos rios, por Isis Dias Vieira
- Louvor à Mulher, por Isis Dias Vieira
- Meia mulher, por Geni Pires de Camargo
- A dançarina, por Julia Rego
- Cinema, por Marco Miranda
- Não me abandone ela, por Igor Christiano Buys
- Amor Real, por Vera Salbego
- Dentro da gente, por Nelci Back Oliveira
- O Beija-Flor e o Violinista, por Juliano Sotti
- As Máscaras da Dor, por Vicência Jaguaribe
- A Phil Spector, por Sandra Nascimento
- Violão Amante, por Aglae Torres

O Varal do Brasil agradece profundamente a todos os participantes pela valiosa participação de cada um. Os textos enviados estão todos de parabéns pela qualidade e criatividade!

Transcrito: http://varaldobrasil.blogspot.com.br/2014/09/resultados-do-ii-premio-varal-do-brasil.html