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À direira, Dair Nunes, récnico Campeão Juvenil 1970, pelo Crizeoro |
Repito, tal encontro sempre me
proporciona esta nostálgica sensação de retorno às origens. “Zazá” põe-me a par
daquilo que acontece no meio esportivo da nossa cidade. Fala-me do seu
inacreditável amor, autêntica paixão, pelo nosso saudoso Esporte Clube Cruzeiro
do Sul. Da sua obstinada dedicação, creio que razão de ser da sua própria vida,
na incansável tarefa de manter acesa a gloriosa mística tricolor.
Mas “Zazá”, velho amigo, vem me desabafar as suas mágoas pelo cansaço gerado com a incompreensão daqueles que
lhe poderiam prestar um apoio mais eficaz. Fico sabendo que se encontra aqui na
Capital tratando da sua saúde e que ao mesmo tempo aproveita para providenciar
no encaminhamento de ficha de atleta da Associação Cruzeiro Jaguarense, na
Federação Rio Grandense de Futebol. E assim os assuntos se vão sucedendo até
chegarmos ao impasse surgido dentro daquela Associação quanto à sobrevivência
do Departamento de Futebol, a qual vem sendo ameaçada por correntes favoráveis
à sua extinção, apesar da fusão anteriormente acordada pelas duas sociedades –
Clube Jaguarense e Esporte Clube Cruzeiro do Sul.
E nós aqui – Sheldon, Aparício, Nede e
eu – estrelados da velha cepa, em nossas reuniões informais, ficamos perplexos
ante a crítica situação a que chegou nosso inesquecível time do coração. Não
conseguimos entender por que o “cruzeirista” está se tornando uma espécie em
extinção. Por que dentro daquela Associação não existe gente disposta a reagir
contra esse estado de coisas. Por que não se reúnem os remanescentes daquelas
épocas áureas, buscando uma solução mais honrosa para essa questão. Quem sabe
até denunciando o convênio dessa malograda fusão.
Afinal de contas,
“Zazá” não merece representar esse melancólico papel.
2 comentários:
Reproduzimos esta carta de 1987, publicada no Jornal "A Fôlha" de Jaguarão, com o fim de documentar nosso depoimento acerca da malograda fusão que resultou na atual Associação Cruzeiro Jaguarense.
Inclusive as pessoas ali nominadas se tornaram de saudosa memória.
Resgatar a história ou contar uma história? Tanto faz. Importante é saber (e "ensinar") como começou, e onde/como está.
Grande abraço.
Kie
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