quinta-feira, 20 de novembro de 2014

IDEIAS QUE BROTAM DESTA IMAGEM SINGELA

Lançamento de "Lá Pelas Tanras" no Espaço Cultural do BRDE:
Bezerra & Bielinski em 28/10/2010, quando me brindaram com primorosa reportagem fotográfica.

Confrontos à parte, sempre tive excelente relacionamento com o saudoso colega Carlos Augusto Dal Zen Bezerra, não só como funcionário do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, trocando informações para nosso melhor desempenho profissional, mas também como amigo leal e entusiasta sempre pronto a nos apoiar nas iniciativas culturais que empreendíamos através da nossa Associação de Funcionários, entre as quais Boletim Informativo da AFBRDE e Oficina com o jornalista João Carlos Tiburski, já falecido.
Havia ainda afinidade nas origens, pois Carlinhos era filho de segundas núpcias com Dª. Maria Thereza do conterrâneo Sr. Orestes Bezerra, auditor de finanças da Secretaria da Fazenda, aposentado em Nova Prata, de onde aquele era natural, como seus irmãos Carmem e Flávio. Além disso, era sobrinho de Dª. Geny Gentilina Bezerra Neves, casada com o Sr. Cristóvão Almeida Neves, pais de seus primos Sheldon e José Aparício, inesquecíveis companheiros do chimarrão dominical. Por parte de pai, viúvo de Dª. Arminda de Souza Bezerra, tinha mais dois irmãos, os jaguarenses Luiz Aparício e Valdeci.
Falecido a 31/01/2012, um dia após completar 65 anos, mesma véspera em que sua filhinha Clara Gabriela, de seu matrimônio com a colega Jaqueline Bielinski, festejaria seu nascimento há seis lustros. Jaqueline e Carlinhos trabalharam muito tempo juntos no setor financeiro da Direção Geral do BRDE e, com eles, participei da montagem de vários programas para recuperação de crédito nesse Banco. Então me foi delegada a missão de coordenar securitização rural e refinanciamento do BNDES, no tocante à Agência de Porto Alegre.
Confesso que tive de partir do ponto zero para dominar uma área que desconhecia, valendo-me da proximidade física entre DIGER e AGPOA para colher as informações necessárias à custa de muita insistência com diversos responsáveis dos mais variados setores do BRDE. Sem querer menosprezar a importância de todas essas pessoas que me auxiliaram com presteza e boa vontade, devo salientar o proveitoso contato com Jaqueline Bielinski e Carlos Bezerra na jornada que travávamos para cumprir os prazos estabelecidos pelo BNDES.
Antes, porém, tivemos de enfrentar a batalha pelo levantamento da liquidação extrajudicial do nosso Banco, em consequência da quebra do Produban, de Alagoas, com o elevado número de certificados de depósito interbancário ali investido pelo BRDE. Na Assembleia dos funcionários, na AGPOA, foi constituída comissão para tratar da defesa dos interesses do pessoal, através da representação oficial de Renato Albano Petersen, Carlos José Ponzoni, Nede Lande Vaz da Silva e Carlos Augusto Dal Zen Bezerra.
Enquanto isso, outra ala “xiita”, na qual me incluo juntamente com Luiz Carlos Beiller de Freitas, João Francisco Sattamini e Milton Silva e Silva, movimentava-se na “contramão”, apoiando a ação popular contra o interventor do Banco Central no BRDE, patrocinada pelo advogado Dr. Antônio Carlos Gomes, e tentando convencer a maioria renitente a abraçar a causa institucional em detrimento da situação funcional, o que veio se concretizar pela ampla mobilização política e social de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. 
Nesta época, Carlinhos e eu estávamos em lados opostos, da mesma forma Jaqueline, ainda sem ligação afetiva com ele, que nos dava suporte na intransigente oposição a uma maioria acomodada numa garantia de futuro emprego. Até que as duas correntes passaram a se articular numa mesma direção para levar a bom termo o levantamento dessa liquidação extrajudicial. 
E coroando todo esse esforço, ao ser homenageado pelos 30 anos de serviço prestados ao BRDE, Bezerra chegou a arregimentar em torno de si, os funcionários aprovados em Concurso que não se realizava há mais de duas décadas. De outro lado, nessa mesma cerimônia, em contraponto apresentei os colaboradores contratados que deixavam o Banco, em busca de colocação no mercado de trabalho.

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi SOUZA

MUITO BEM ESCRITO. RICA NAS PALAVAS E COM BASTANTE EMOÇÃO NA NARRATIVA. BEM TUA CARACTERISTICA. GOSTEI.

ABRAÇO, JAQUELINE.

Hunder Everto Corrêa disse...

Caro José Alberto.
Já é comum ler tuas passagens em diversos campos de tua sempre aguerrida luta.
Em cada trincheira lutas como guerreiro forte e destemido.
Parabéns por tua luta ao lado de outros colegas para preservar o BRDE.
Como sempre, um vencedor.
Continua tua luta.
Um forte abraço.

Corálio B.P. Cabeda disse...

Souza, cumprimentos pelo belo texto sobre o Bezerra.
Ótima vista aérea de Jaguarão!
Abraços

Clarice Villac disse...

Tantas histórias...
inspiração para a participação em cada dia !
Vislumbres de uma vida bem vivida !

um abraço, Poeta das Águas Doces !

:~)

Anônimo disse...

Souza

Cumprimentos pelo texto, fazendo-nos lembrar de momentos vividos no BRDE e, principalmente do nosso colega Carlinhos Bezerra.
Abraço.
Diná

Nede disse...

Souza,
Gostei muito de ler tua postagem lembrando o grande amigo Bezerra.
Um abraço
Nede