terça-feira, 28 de junho de 2016

A RÉPLICA EPISTOLOGRÁFICA DE "GAROEIRO"

NOVENOS MÚLTIPLOS

Caríssimo Souza,

Maravilha! Pelo visto, todo o mundo estava ansioso por sua volta, alimentando o Blog do Poeta das Águas Doces com essa sua indispensável energia positiva!
Parabéns, mais uma vez!
Gostei dos seus "novenos múltiplos"! Ficaria imensamente realizado se, de fato, nos nove anos seguintes, o Poeta das Águas Doces pudesse se fazer cada vez mais presente e mais criativo, brindando aos Leitores com "causos", crônicas, contos, e, principalmente, poemas!
Como você sabe, certamente, a estrutura interna do sistema numérico decimal, em consequência da valoração posicional, contém inúmeras propriedades, sendo uma delas, essa que você comenta, a divisibilidade de um número, por nove.
"Um número será divisível por nove, se a soma dos dígitos que o compõem, for divisível por 9".
Em parte de seu bom exemplo, verifica-se que 2016, com: 2 + 0 + 1 + 6 = 9, soma, essa, que dividida por nove, é igual a 1, assegura validade à propriedade, c.q.d. ...
O melhor, no entanto, é a possibilidade de que tal propriedade possa ser associada ao nosso desempenho existencial e social, que não deve ser tido como algo "alucinatório", pois, há mais, muito mais, entre o céu e a Terra, do que o pensamento alcança...
Gostei, muito, desse seu retorno!
Abraço,
Garoeiro

segunda-feira, 27 de junho de 2016

INSPIRAÇÔES PARA UMA HIPÓTESE EMPÍRICA

“Mas enfim, eu vivo sob uma regra: se eu estou incomodando os conservadores, então estou no caminho certo.” (Felipe Neto)

Há pouco, tomei conhecimento da curiosidade matemática sobre o “número mágico” nove, constatando que a soma dos algarismos de todos seus múltiplos sempre resulta em nove. No caso do presente ano (9x226=2016, múltiplo de nove), a soma de seus algarismos 2+0+1+6=9, assim como 2007 e 2025. Porém, 9x222=1998, cujos algarismos somados 1+9+9+8=27 e, considerando parâmetros lógicos, 2+7=9. Em função desses resultados, a numerologia indicava padrões a serem adotados para um melhor desempenho pessoal. Então, lembrei-me da teoria dos biorritmos (físico, emocional e intelectual), a qual me levava a uma alucinatória hipótese sobre ciclos de euforia e depressão, alternando-se sucessivamente de nove em nove anos, em que as curvas cruzariam a linha neutra (ponto crítico) justamente naqueles anos “noveno-múltiplos”.
Teríamos pois de 0 a 9 (euforia), de 9 a 18 (depressão), de 18 a 27 (euforia) e assim por diante até 2007 a 2016 (depressão) em que se cruzaria a linha neutra para atingir de 2016 a 2025 um período eufórico. Confesso que não cheguei a verificar a validade dessa minha teoria, deixando aos especialistas a tarefa de contestá-la ou não. Será que esses múltiplos de nove não representam pontos críticos? Já está mais do que na hora de cessarem essas contínuas catástrofes neste nosso mundo tão sofrido e maltratado para que se recomponha o equilíbrio entre Humanidade e Natureza. Afinal estão ai 12 milhões de desempregados só em nosso país e 65 milhões de refugiados buscando asilo em todo mundo, motivo mais do que suficiente para que se pense em soluções para essa tremenda crise global. Para tanto, há que se erradicar a ganância dos poderosos, restaurar a ética nos negócios e respeitar a dignidade dos mais humildes.

“Há escritores que escrevem literatura. Outros só conseguem escrever palavras.”
Raymanod Chandler

Muito me sensibilizaram as mensagens recebidas da querida colega Kie Yamamoto e do “Garoeiro” Jeferson Barbosa da Silva que assim se manifestaram:
- Caro Amigo, Tenho sentido a ausência de novas postagens. Espero que o amigo esteja em boa saúde. Apenas um pouco indolente para novas criações, certamente. Grande abraço, Kie.
- Caríssimo JASouza, Estamos saudosos de sua presença sempre exemplar e atuante no Blog Poeta das Águas Doces, que não pode continuar parado em dezembro de 2015. Por favor, volte, com boas novas! Abraço, Garoeiro.
Este ainda me brindou com um primoroso texto intitulado ALVISSARAS:
Caríssimo JASouza,  Ah, que bom que você respondeu, mostrando e explicando que, apesar do inferno que nos impuseram, estamos vivos!
Preciso esclarecer a você esta verdade que infelizmente deixa passar, despercebida: nós, escritores brasileiros, militantes da História e da Cultura, somos a derradeira vanguarda com que o futuro conta!
José Alberto, poeta das águas doces, desse sul transbrasileiro de que Jaguarão é capital, você é alguém muto especial, obra prima, nas militâncias derradeiras da resistência contra a mediocridade e o Nada!
O Nada nem cansa nem pára de abocanhar tudo o que fizemos e sonhamos, fazendo esse país algo razoável, como historicamente pudemos sentir, nos últimos anos.
Agora, sofrendo esta enorme, gigantesca bocada do Nada, realmente, dá vontade de parar, dizer chega, sumir.
Mas, não! Cada crônica sua, cada poema,no Blog, ou na Confraria dos Poetas de Jaguarão, no Varal, da guerreira Jacqueline, aqui, no Garoeiro, em qualquer espaço real ou virtual, é um golpe contra o avassalador ataque da mediocridade e do nada!
Por favor: não pare! Resista! Escreva! Persevere!
Ousar lutar, ousar vencer!
Grande e emocionado abraço, Garoeiro.

Devo dizer que tais palavras me lembraram para ilustrar esta matéria com a conhecida frase de Martin Luther King Jr.

domingo, 26 de junho de 2016

WENCESLAU GONÇALVES E SEU LANÇAMENTO

Ontem, vários jaguarenses se fizeram presentes à sessão de autógrafos e lançamento de “A Condena e Outros Contos da Fronteira Sul”, obra de estreia do escritor conterrâneo Wenceslau Gonçalves, que se realizou nas dependências de Ladeira Livros, à Rua General Câmara, nº. 385, nesta Capital. Por oportuno, transcrevemos abaixo a apresentação desse livro de contos pelo próprio autor.

UMA ALDEIA CHAMADA JAGUARÃO

“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”, disse o escritor russo Liev Tolstoi (1828-1910). Pois este livro foi inspirado em minha aldeia. Quem nasceu, viveu ou ainda reside em Jaguarão, absorverá com facilidade a maioria dos relatos contidos nas páginas a seguir. Até me arrisco a pressupor que alguns dos elementos desta ficção talvez não apresentem novidade para quem os traz consigo na memória.
O que transcrevo no papel é parte da vida em um cenário do qual fui testemunha, participante e protagonista. Mas as referências e fatos reais não implicam um relato necessariamente autobiográfico. Minha intenção primeira é compartilhar o imaginário de quem conheceu Jaguarão no tempo em que a cidade, com seus tipos, lugares e episódios, parecia uma espécie de aldeia – condição que, de certa forma, ela não perdeu de todo. Se isso proporcionar um olhar de ternura sobre o passado, terei conseguido atender meu intento.
Para alguns, saudosismo é pensar e agir de forma retrógrada. Há muito que discutir sobre isso, mas não tenho qualquer pretensão nesse sentido. Desde cedo, apenas procuro observar a vida ao meu redor. Nem sempre fui capaz de entendê-la e, aliás, até hoje raramente consigo. Tenho sempre mais perguntas do que respostas.
Wenceslau Gonçalves
Abril de 2016.

O autor ainda planeja realizar outras sessões de autógrafos em Jaguarão (possivelmente no Círculo Operário) e em Arambaré, afora na próxima Feira do Livro de Porto Alegre, possibilitando a outros conterrâneos adquirir esta sua primeira edição

Ressalte-se ainda que este livro contém a versão para o espanhol feita pelo professor Luis María Farnos, bacharel em Orientação Pedagógica, argentino de Necochea (Buenos Aires) e residente em Arambaré, onde atua como tradutor de textos acadêmicos e literários, além de ensinar sua língua pátria em algumas escolas do interior do Estado.