sábado, 31 de março de 2012

De Jaguarão-RS a Valinhos-SP *** (IV)

15. – Com quantos anos o senhor começou a escrever os livros? Ao invés de livros, posso responder que comecei a escrever textos em 1954, quando publiquei no jornal do Ginásio um conto de ficção científica “Futuro Interplanetário”, por sinal bastante incipiente, o que pode ser considerado normal para quem começava. Nessa época, dava os primeiros passos na crônica esportiva, comentando jogos de futebol para o jornal “A Fôlha”, de Jaguarão. No ano anterior, cheguei a editar “O KCT”, publicação satírica dos alunos da 3ª. Série ginasial, que começou com tiragem de 1 exemplar manuscrito e terminou com 30 exemplares mimeografados. Em 1959, assumi a gerência daquele jornal jaguarense, onde atuei como redator. Ingressei na Escola de Engenharia da UFRGS em 1961 e ali me formando em 1965 como Engenheiro Mecânico. Exerci atividades profissionais em São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre, onde me aposentei em 2001 como técnico em desenvolvimento do BRDE. Acredito que tenha retomado a embocadura das letras nos anos oitenta, produzindo os primeiros textos mais elaborados, entre eles “Um compromisso para o Natal”.
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16. – Já pensou em ter outra profissão? Autor bissexto, diletante sim, mas não profissional, pois não vivo da escrita. Como engenheiro, dizem que sou bom escritor. Aquele que pretende se profissionalizar deve pensar no investimento necessário para fazer carreira, tem que “caitituar” os críticos literários e buscar bons agentes para “vender” a sua obra às editoras. E mesmo assim, necessita dispor de outro meio de vida. Se não vai se tornar um autor independente, com dificuldade de encontrar distribuidor que coloque sua obra nas livrarias. Como é desconhecido vai ficar a mercê de elevadas comissões dos revendedores que nunca dão o retorno esperado. Sem estrutura não vale a pena a “profissão”, dá muita mão de obra. *********************************************************************************************************** 17. – O que você mesmo escreve lhe traz lições de vida? Parece-me que sim, na medida em que vou tecendo a história a partir de um fato real que me impressionou e inspirou para transmitir sentimento e conhecimento para os leitores. *********************************************************************************************************** 18. – Que tipo de texto expressa mais seus sentimentos e que gosta mais de escrever? É aquele texto fluente, com uma pitada de ironia, forçando quem o lê a descobrir a história oculta nas entrelinhas, conduzindo-o ao desfecho inesperado que às vezes choca. Chego até a pecar por não atingir o código do leitor que me surpreende com uma interpretação bem diferente daquela imaginada por mim. A influência do gaúcho Sérgio Jockymann foi marcante nas minhas preferências como ideal que procurava atingir.
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sexta-feira, 30 de março de 2012

De Jaguarão-RS a Valinhos-SP *** (III)

11. - Por que falar de coronéis e de países diferentes? O que te trouxe a colocar no conto um personagem que não fala a língua portuguesa? Sem qualquer intenção de assumir equivocadas ideologias, talvez tenha sido influenciado pela situação política do continente na época em que foi escrito o texto, na qual predominavam os regimes militares em vários países sul americanos – “mi padre desapareció como ativista político”... Tratava-se de um conto ambientado numa pequena cidade fronteiriça, num local público e aberto e eu precisava de um personagem desconhecido, um andarilho, um “hippie” difícil de ser localizado naquela região – “Hace três dias que acá estoy” – para conseguir “tapar o buraco” do quebra cabeça. Posso afirmar que, no início do diálogo, não me dei conta quando esse personagem já respondeu falando em espanhol.
12. – De onde e desde quando essa vontade de ser escritor? Você se sente feliz em ser escritor? Creio que já tenha respondido em parte no item 8, porém, devo acrescentar que apenas me julgo um escritor diletante, não vivo da escrita e nem preciso forçar a barra, desde que tudo aconteça ao natural. Já tenho editado dois livros por conta própria, sem qualquer pretensão de auferir rendimentos, a não ser a satisfação de distribuir para os amigos e obter o seu reconhecimento como o certificado que me foi outorgado pela Escola Municipal de Ensino Básico “Horácio Salles da Cunha”, realmente um diploma de escritor reconhecido pelos leitores. Este é o segundo motivo de me sentir feliz com esse sucesso, já que o primeiro tive oportunidade de vivenciar quando fui escolhido para participar da Oficina de Criação Literária da PUC, coordenada pelo escritor Luiz Antônio de Assis Brasil.
13. - Você gostaria de escrever quantas histórias mais? Você gostaria de ser outro cara ou não? Apenas o que Deus me permitisse já que estou na fase do lucro e recém colhendo os frutos daquilo que plantei. Basta-me o que já tenho. “Então a gente se contenta com nem ter muito dinheiro, nem muita fama, nem mesmo, sim - nem mesmo muita felicidade. Aprende a aceitar confortavelmente a meia ração e ainda agradecer por ela. A ceder os primeiros lugares para os mais dotados e os mais sôfregos, sem as fúrias e a pressão que acicatam os favoritos. Descobrir que o bom é bater palmas e não disputar os aplausos.” – Fito-me nessas palavras sábias de Rachel de Queiroz.
14. – Quantos livros aproximadamente o senhor já fez? Os livros que tenho editado são mais coletânea de textos engavetados durante quarenta anos, embora alguns tenham resultado de participação da Oficina de Criação Literária da PUC, em que se projetou a antologia “Contos de Oficina 5” (1989). Como integrante do Grupo Fábula, também publiquei outros contos em “Mais Ao Sul Do Que Eu Pensava” (1993). Colaborei ainda em “Julinho 100 Anos de História” (2000), “Olhares Sobre Jaguarão” (2010), “Varal Antológico” (2011), além de vários artigos publicados em jornais e sites nacionais. Recentemente, lancei individualmente os títulos “Lá Pelas Tantas” (crônicas) e “Para Não Dizerem Que Passei em Brancas Nuvens” (ficção).

quinta-feira, 29 de março de 2012

De Jaguarão-RS a Valinhos-SP *** (II)

Largo da Igreja - concepção da aluna Vitória Caroline Bastos

05. – Como seria a sua continuação para esse conto? Normalmente, nenhum conto tem continuação, serve mais para provocar a imaginação do leitor que faz a sua leitura mental nas entrelinhas como aconteceu no que foi sugerido nos trabalhos apresentados, onde predominava a temática familiar. No entanto, alguns autores já estenderam os contos publicados em narrativas mais longas, como é o caso de Laury Maciel, saudoso escritor gaúcho, cujo conto “A noite do Homem Mosca” rendeu-lhe o romance “Rosas de Papel Crepom”. Também é o caso de Graciliano Ramos, que produziu “Vidas Secas”, a partir de contos publicados em “Histórias Inacabadas”.
06. – Se o senhor tivesse de reproduzir esse conto em teatro ou filme, mudaria ou acrescentaria algo? Já me salientaram o excesso descritivo na parte inicial do conto, de que não cheguei abrir mão porque necessitava construir o cenário da história onde situaria o personagem Rafael e para isso me vali do narrador “câmera” – serviu para que a aluna Vitória Caroline elaborasse a maquete do Largo da Igreja conforme ela enxergou em sua mente. Confesso que já andei pensando em submeter esse texto – pela carga cenográfica que possui - para ser adaptado em “Histórias Curtas” que é apresentado em nossa TV de Porto Alegre, deixando a cargo do Diretor as mudanças ou acréscimos que fossem necessários, inclusive o final.
07. – Há quanto tempo escreve conto desse tipo? Pelas interpretações dos jovens analistas, “Um Compromisso para o Natal” parece revelar uma mensagem edificante, o que o diferencia dos demais textos publicados em “Para Não Dizerem que Passei em Brancas Nuvens”, cada um dos quais produzidos a partir dos mais diferentes estímulos sem caracterizar um estilo definido.
08– Como surgiu a sua vontade de escrever? Posso dizer que a minha necessidade de escrever surgiu do incentivo de meu tio e pai de criação pela leitura – “lê bastante se queres escrever bem” - e em plena infância no ambiente da livraria e tipografia desse meu tio, onde “fuçava” os balaios de saldo à procura de títulos sugestivos. Ali também funcionava o jornal da cidade “A Fôlha”, onde sempre nos visitavam personalidades de passagem como o poeta Cornélio Pires, de quem me recordo ainda meninote me mostrando, no balcão da livraria, a fotografia de um livro espírita onde aparecia a imagem incorporada de seu falecido irmão através do ectoplasma de um médium.
09. – Por que escrever uma história assim? A inspiração vem quando “o santo baixa”, resultante de um estímulo externo, um fato qualquer que a gente procura dar um tratamento literário e transforma em ficção, adaptando ao nosso imaginário e criando peças para colocar no lugar daquelas que faltam num quebra cabeça incompleto. No linguajar futebolístico é como se a bola estivesse “picando” na grande área, tem que aproveitar e chutar em golo. Ai então passamos a acreditar que vamos escrever uma história para cair no agrado dos leitores e assim atingir esse nosso grande objetivo.
10. – Por que tantos detalhes para descrever o lugar? Faz parte do tratamento literário para que o leitor imagine o cenário da história, para marcar a importância do local como ponto principal da cidade, onde acontecem as grandes concentrações de público, contrastando com a hora deserta e isenta do calor humano, salientando o estado de abandono e desespero do personagem. A sua maneira de vestir, sua postura nos degraus da Igreja, ajudam a criar uma imagem de palavras, a qual poderia ser “enxugada”, por exemplo, num filme ou numa história de quadrinhos.

De Jaguarão-RS para Valinhos-SP (I)


01. – Em que o autor se inspirou para fazer o texto. Esta história é verdadeira? “Um Compromisso para o Natal” foi baseado num fato acontecido na Igreja de São Paulo, no Rio de Janeiro, que me foi contado por um primo meu. Rafael e Leila não são nomes fictícios, apenas transpus o relato para minha Jaguarão, adaptando-a a uma realidade fronteiriça. O personagem Rafael também me inspirei numa pessoa que conheci em Novo Hamburgo-RS, cujo pai sumiu na Revolução e muito tempo depois reapareceu aqui pelo Rio Grande do Sul cognominado João Sem Terra, vindo de Goiás aonde chegou a constituir outra família.
02. – Você já escreveu livros para adolescentes? Quais foram? Nunca escrevi qualquer livro para adolescente que, dizem os entendidos, serem os mais difíceis de serem escritos tal a complexidade da mente infanto-juvenil, apesar de ser marcante a influência que a infância exerce no imaginário do escritor. Aqui no Rio Grande do Sul, Sérgio Faracco tem se notabilizado pelas suas lembranças da meninice e meu Mestre Assis Brasil chamou-me atenção sobre o conto “Um Caminhão Marca Ford em Mau Estado de Conservação” que dizia comparável a obra daquele autor e digno de figurar em qualquer antologia de autores gaúchos. Este conto me deixou “marcado na paleta”, nem sei se conseguirei atingir nível igual - até certa leitora se dispôs a comprar o referido para me presentear...
03. – Você já escreveu livros que foram homenagens para alguma pessoa? Quem foi? Pretende fazer homenagens a mais pessoas? Quais? Dediquei “Um compromisso para o Natal” ao casal Delícia e Guadil Bittencourt, ela professora brasileira que me preparou para o exame de admissão ao Ginásio (2º lugar) e ele guarda aduaneiro uruguaio, seu marido e meu grande amigo, ambos falecidos, os quais me alertaram para certo pendor literário e coincidentemente um paralelo ao “par internacional” Leila e Rafael. A ficção se entrelaça com a realidade e todos nós temos a tendência de romancear os fatos do cotidiano, estabelecendo certa verossimilhança (para mim uma mentira que parece verdade). Em “O Mais Recente Lançamento” inventei uma história toda calcada em personagens reais, aos quais pretendia homenagear, porém, quando levei a mesma ao conhecimento do herói do meu relato, este me contestou “nada haver comigo, até o nome saiu errado que é com dobre vê”...
04. – Como surgiu a idéia de escrever esse livro? Por que decidiu ser autor? Sinceramente, nunca pretendi escrever um livro e minha maior aspiração era participar de certa “Antologia de Contistas Bissextos”. Porém, em 2009, quando da realização da I Feira Binacional do Livro em Jaguarão-RS, meu amigo Prof. Carlos José Azevedo Machado (Maninho), então Secretário Municipal da Cultura, me fez um desafio para lançar um livro de minha autoria na Feira do próximo ano. Assim me decidi colocar mãos à obra e fui juntando vários artigos que estavam na gaveta para compor “Lá pelas tantas” que o jornalista Marcello Campos, da Rádio Guaíba, teve a generosidade de revisar, diagramar, editar e prefaciar. Logo após, sai novamente a campo, desta feita juntando os textos de ficção e convidei o escritor Fernando Neubarth – outro que me cobrou uma obra solo - para prefaciar “Para Não Dizerem Que Passei em Brancas Nuvens”. Desta forma, consegui pagar aquela promessa feita ao Professor Maninho, lançando em 2011 os dois livros na II Febin.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Visita à EMEB Horácio Salles da Cunha

Quando estive em Valinhos-SP visitando a Escola de Ensino Básico “Horácio Salles da Cunha”, foram-me entregues os trabalhos dos alunos Ana Cléssia Santos da Silva, Chrigor Ezequias da Silva, Christopher Renan Ferreira, Maria Alice Machado, Matheus Jesus Santos, Mirela Bueno Silva, Samantha Cunha Gonçalves e Tamilles Carvalho dos Santos (6º ano “A”), Albert da Cruz de Souza, Ana Paula de O. Justino, Gabriella da Silva, Mayara Alves Freire e Vitória Caroline Bastos (6º Ano “B”), Amanda Cristina Santana, Dafny Stephany da Silva, Jéssica Ferreira Santos, Luana Romão Rodrigues da Silva e Sabrina Rios Paixão (7º Ano “A”), Natália Conceição dos Santos e Stefani Shesleno Justino (7º Ano “B), os quais desenvolveram atividades referentes a estudo do conto “Um Compromisso para o Natal”, de minha autoria. *********************************************************************************************************** Esta atividade que teve coordenação das professoras Clarice Villac e Leila Rangel compreendia resposta às seguintes questões: 1 – Qual mensagem o conto de José Alberto de Souza lhe trouxe? Explique. 2 – Qual sua opinião sobre o conto? Explique. 3. – Continue a história. 4 – Faça um desenho. 5. O que você perguntaria para o autor? *********************************************************************************************************** As respostas obtidas demonstraram o elevado grau de aplicação e capricho empregados nessa tarefa que me pareceu um exercício para que o aluno desenvolva e aprimore o seu pensamento lógico, adquirindo agilidade mental e desinibição. Emocionei-me com as suas interpretações acerca das mensagens transmitidas através do texto e fiquei bastante gratificado com suas estimulantes opiniões. Mais impressionado eles me deixaram quando puseram a imaginação a funcionar, arranjando diferentes desfechos para a história e com sugestivas ilustrações mostrando o efeito visual obtido pela escrita. Agora, as perguntas realmente colocaram esse escriba numa “saia justa” que o forçou a se desnudar sem maiores apelações, aliás, com todo o prazer... *********************************************************************************************************** Para esse fim, vou dar início a uma série de postagens com o que respondi para meus caros e inteligentes questionadores.

segunda-feira, 19 de março de 2012

INTERATIVIDADE EM VALINHOS-SP

Na postagem http://poetadasaguasdoces.blogspot.com.br/2011/12/como-virei-projeto-em-valinhos.html, abordei a surpresa que me aprontaram os alunos da Escola Municipal de Ensino Básico Horácio Salles da Cunha, situada no bairro São Bento, em Valinhos-SP. Daí que resolvi retribuir a deferência que me prestaram, enviando para cada um deles um exemplar com dedicatória de “Para Não Dizerem Que Eu Passei em Brancas Nuvens”. Recebidos ditos exemplares, foi-me informado pela Profª. Clarice Villac, uma das coordenadoras do referido projeto, que se decidira fazer a entrega dos mesmos no reinício das aulas do corrente ano. ******************************************************************************************************* Diante do exposto, ofereci-me para estar presente no dia em que fossem passados às mãos dos alunos tais volumes, correndo por minha conta as despesas de transporte e hospedagem. Assim me coloquei à disposição da Escola no dia 6 de março, terça-feira, reservando passagens aéreas da Azul de ida para a tarde de 5 e regresso na manhã de 7 deste mês, bem como tratei da minha estadia no Golden Park Hotel, situado no Distrito Industrial de Campinas-SP, de clientela tipicamente empresarial, porém, o mais próximo do Aeroporto de Viracopos. Para ir a Valinhos, foi-me disponibilizada condução a cargo da Escola. ******************************************************************************************************* Na data aprazada, a Profª. Clarice e o coordenador pedagógico da Escola, Prof. Wilson Vicente, me procuraram pela manhã no Hotel para me conduzir até a cidade de Valinhos, que faz parte da região metropolitana de Campinas. Depois de uma rápida apresentação das dependências da EMEB Horácio Salles da Cunha, em companhia da secretária desse estabelecimento de ensino, Dª. Edmara Gonçalves Di Gaspari, fomos almoçar no restaurante Arizona, do bairro São Bento. Logo em seguida, retornamos ao colégio, onde nos aguardavam alunos e professores do turno da tarde, convocados para participar no auditório da interatividade com este modesto escriba. ******************************************************************************************************* Com a presença dos professores Leila Rangel (Artes), Sandra Fachineti (Ciências), Francislaine Lima de Oliveira (Português), Lindalva Ribeiro (Inglês), Gizele Bermudes (Geografia) e Gilberto Braziato (História), o diretor da Escola, Prof. Frederico Rodrigues Póvoa Leal, abriu esse nosso encontro com seu corpo discente, dizendo da finalidade dessa reunião e passando a palavra à Profª. Clarice para apresentar a detalhada postagem com os respectivos comentários em http://projetoletrasearteshoracio2011.wordpress.com/2011/12/17/projeto-jose-alberto-de-souza/ através de telão especialmente instalado no recinto, onde cada aluno participante dessa atividade fazia a leitura do seu comentário ali postado sobre o texto escolhido daquele livro de minha autoria. ******************************************************************************************************* Após a minha fala introdutória, fui sabatinado por alguns destes alunos com perguntas bastante inteligentes e instigantes que demonstravam o interesse deles pela leitura de Para Não Dizerem que Passei em Brancas Nuvens, notadamente pelo conto “Um Compromisso para o Natal”, as quais procurei responder dentro das minhas possibilidades. Encerrada a bateria das questões abordadas, o senhor Diretor me fez entrega de um certificado de agradecimento pela contribuição de minha presença nesse encontro, com o que manifestei minha gratidão e honra pela acolhida a mim proporcionada. ******************************************************************************************************* Durante a cerimônia, foi efetuado um precioso levantamento fotográfico da mesma, inclusive tive oportunidade de posar com todos os participantes (7º ano B) daquele projeto coordenado pelas professoras Clarice (Letras) e Leila Rangel (Artes). Ao final, mais uma surpresa: fui informado que a Direção da Escola, diante do sucesso alcançado pela iniciativa, decidiu estender aos demais alunos do turno da tarde mais uma rodada de leitura da obra, cujos trabalhos já estão chegando às minhas mãos para a devida apreciação dentro em breve. Sem dúvida, voltei bastante impressionado com as atividades desenvolvidas naquele colégio.