terça-feira, 30 de julho de 2013

UM PEREGRINO EM DESTERRO ETERNO


Olhas para trás e enxergas uma longa estrada percorrida, um caminho sem volta, e tu ainda tentas fazer algo nesse tempo sem qualquer pressa.

Sem rumo, sem destino, tu consegues avistar tantos vultos sempre presentes em toda essa jornada, aparecendo vaporosos na penumbra do olvido.

Tens vontade de voltar nesse espaço curto para rever velhos companheiros e ficar remexendo n’algum bom combate em épocas ocultas da memória.

Uma pipa de bom vinho seria o suficiente para juntos brindarem então um efêmero reencontro de vocês com aquelas glórias outrora vivenciadas.

Dessa confraternização decerto nasceria um instante mágico de suprema harmonia entre seres afins, compartilhando os sucessos uns dos outros.

Porém, és andarilho solitário, um velho trapo esquecido dos prazeres, e vives quase a divagar pelos corredores do mundo em maldito mistério.

Tentas te manter na saga do itinerante para não perderes equilíbrio e cair em definitivo no solo duma desgraça plena a se anunciar iminente.

Já deixaste de ter qualquer paradeiro por não te submeteres aos grilhões daqueles teus desafetos, buscando te encontrar em vielas quebradas.

Uma estranha indiferença te tornou um nômade a percorrer um deserto de vida, apesar de inúmeros oásis aonde chegas para retemperar energias.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

UMA LETRA EM BUSCA DE UMA MELODIA

Para Glaci e Admar Rodrigues
Assopra esta brasa,
Acende o fogo da tua paixão,
Me chama de volta pra casa
Que eu venho correndo
Em tua direção.

Então vou enxergar
O teu vulto aparecendo,
Teus braços abertos
Sempre a me esperar
Como se não existisse
Todo esse deserto
Que foram os anos,
Eu nunca te disse,
De tantos desenganos.

E depois o futuro
Haverá de mostrar
Um caminho seguro
Que vamos trilhar...

terça-feira, 16 de julho de 2013

Mais um encontro marcado em Floripa / SC

Arlete Trentini dos Santos
 Varal do Brasil já está "soltando as suas feras" para lançar o
Cesar Soares Farias

Flávio Goulart Barreto

Gustavo Guttfried Barreto
VARAL ANTOLÓGICO III, no próximo dia 2 de agosto de 2013,
Jacqueline Aisenmann

José Alberto de Souza

Julio Cesar Bridon

Luiz Carlos Amorim

Maria de Fátima Barreto Michels
em Florianópolis, às 19 horas, na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.
Raimundo Cândido Teixeira Filho

Rita de Oliveira Medeiros

Sandra Nascimento
                              N Ã O   D E I X E   D E   N O S   P R E S T I G I A R !

Walnélia Corrêa Pederneiras

Valdeck Almeida de Jesus







sexta-feira, 12 de julho de 2013

COM TODAS CORES DA NOSSA BANDEIRA


Em tempos de "Protestos", vale ver uma bela imagem.
Simplesmente raro e lindo, este momento.
Oportunidade muito feliz do Fotógrafo. 
A BANDEIRA do BRASIL formada pela NATUREZA,
SOB e SOBRE o Rio Amazonas.
(Marcia Eliza Streb D’Sign)

Negro, Solimões, Branco, Juruá, Xingu, Purus,  Japurá, 
Trombeta, Tapajós,  Tietê, Paranapanema, Grande, Paraná, 
Iguaçu, Paraguai, Parnaíba, Gurguéia, Balsas, Urucui, Preto, 
Poti, Canindé, Longa, Acarau, Piranhas, Potenji, Jaguaribe,
Paraiba, Una, Pajeu, Turiaçu, Pindaré, Grajau,  Capiberibe, 
Gurupi, Pericumã, Itapecuru, Munim, Araguaia,  Mearim, 
Tocantins, Pardo, São Francisco, Ariranha, Grande,
Das Velhas, Salitre, Paracatu, Paraíba do Sul, Verde Grande,  
Doce, São Mateus, Iguape, Jequitinhonha, Itapemirim,  
Mucuri, Vaza Barris, Itapicuru, das Contas, Itajai, Jacui, 
Uruguai, Peixe, Pelotas, Paraguaçu, Chapecó, Ibicui,
Peperiguaçu, Turvo, Ijui, Camaquã, Piratini, Jaguarão...

Rios do meu Brasil, que correm
Mansos ou caudalosos
Por todos rincões da minha Pátria,
Em seus variados matizes,
Pulsam como veias e escoam libertos,
Irrigando vastos territórios
Povoados de gentes que se misturam
Nas mais diversas raças
E se entendem numa mesma língua.

Do Oiapoque ao Chuí, cessai vossos rugidos,
Clamai por ventos calmos.
Contemplai este magnífico entardecer
Em que o rei de vossas águas
Inspirado se põe a espelhar a tela celeste
Das nuvens multicoloridas
E não lhe deixam uma dúvida sequer
Da auriverde nacionalidade,

Retrato fiel do brasileiro pendão.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Como interpretar uma fantástica expressão?

Hoje o céu está em festa, anjos e Deus comemorando ao seu redor. Toda a alegria do céu hoje está voltada a você!
Hoje todas as minhas orações foram para que você esteja feliz, com aquele sorriso que eu nunca vou esquecer...
Meu vazio nunca será curado, falta um pedaço de mim, mas sei que vai cuidar de mim e de toda tua família ai de cima, porque sabemos o quanto você é importante.
Mãe, quero te desejar um feliz aniversário, que você esteja sempre em paz.
Te amo.

De vez em quando, costumo dar uma espiada no face sem me deter muito no que aparece por ali e, às vezes, encontro alguma coisa que valha a pena curtir ou compartilhar. Mas o que descobri domingo passado foi de arrepiar, como se essa figura falasse por si própria, forçando um diálogo com todos aqueles que nunca a esqueceram. Até uma parte fora de foco parece constituir um limbo entre dois planos espirituais chamando a pessoa ali retratada.
A autora dessa postagem, Helena Amaro da Silveira Pereira, mesmo assim foi muito feliz ao lembrar o aniversário de sua mãe, minha saudosa sobrinha Elizabeth Amaro da Silveira Pereira, prestando-lhe tocante homenagem de amor filial  através do texto acima reproduzido. É bem um tributo a uma alma generosa que em vida sempre dedicou carinho especial a todos que dela se acercavam, lamentavelmente nos deixando em sua tenra idade.
Deixo aqui este merencório legado como reconhecimento da imensa legião de familiares e amigos que aqui deixou.


sexta-feira, 5 de julho de 2013

OS ESTREANTES NO MERCADO EDITORIAL


A escritora Helena Ortiz, uma das idealizadoras da Editora da Palavra, no Rio de Janeiro, recebeu de Alexandre Guarnieri, autor de “Casa das Máquinas” (poemas) a seguinte mensagem que bem poderia traduzir o desencanto de um talentoso estreante no mercado editorial:
“liberei geral, e eis o livro livre,
envie pra quem quiser!
bjks e saudds, G.”

Todo novo autor que pretende editar algum livro deve pensar nos custos de impressão, lançamento, distribuição e estocagem da sua obra. Sendo um nome desconhecido no mercado, tem de arcar com todas essas despesas. A começar pelo orçamento editorial que inviabiliza as pequenas tiragens, encarecendo o preço unitário de cada volume. E  para comercializar esse produto precisa abrir mão de qualquer lucro a fim de chegar a um custo razoável de venda. Que se agrava ao pagar a comissão ao distribuidor com dinheiro do próprio bolso.

A seguir, vem as providências para lançamento do livro, envolvendo envio de convites pelo correio, em número bastante expressivo para assegurar um mínimo de presenças nas sessões de autógrafos. Uma incógnita imprevisível na estimativa do coquetel para atender os convidados. Sem qualquer apoio, todo risco corre na conta do autor.

Este escritor como não tem expressão para figurar no catálogo de qualquer editora, logo se vê às voltas com a estocagem imensa dos livros entregues na própria residência. Se tiver tempo e disposição, ele vai percorrer diversas livrarias, pingando aqui e ali os poucos exemplares que forem aceitos para vender sob consignação, sujeitando-se às altas comissões exigidas até se concretizar o pagamento final. Ou então, prevenido pela sacola recheada, frequentar locais públicos onde possa convencer algum conhecido e provável leitor.

Também poderá optar por distribuir graciosamente sua obra aos amigos, nem sempre agrupados em locais que facilitem seu encontro. E assim não resta alternativa se não o Correio, mediante envelopamento e selagem desse presente. Uma mão de obra danada que talvez só valha a pena com o reconhecimento do valor desse trabalho.

Acredito que já era tempo dos editores criarem uma linha especial para novos autores, apresentando coleções de livros em pequenas dimensões e número limitado de páginas (edições de bolso), de custo mais econômico e preço mais barato, possibilitando vendagens em bancas de revista, notadamente situadas em aeroportos e rodoviárias. De preferência, uma leitura fácil que ajude a passar o tempo em longas esperas.

Ultimamente tem sido dada ênfase à editoração eletrônica que dispensa o papel para ser impresso. A meu ver, a grande opção para qualquer escritor desejoso de mostrar e divulgar o resultado dos seus esforços literários, liberando-o de alguns encargos bastante onerosos acima relatados. Não vai se preocupar mais com a gráfica e a conseqüente estocagem e distribuição dos livros publicados. Adeus para as despesas postais do Correio e para coquetéis de lançamento nas imprevisíveis sessões de autógrafos.

De posse do original editado, geralmente em PDF (Portable Document Format), esse autor só vai se dar o trabalho de colocar o seu livro em algum catálogo virtual para ser baixado por algum interessado na respectiva aquisição. Se assim não o fizer, poderá também repassá-lo através do correio eletrônico, disponibilizando sua leitura às pessoas de sua relação. E pode acontecer ainda o efeito multiplicador gerado por esses destinatários, que se prestarem a recomendá-la a seus amigos e conhecidos.