quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Complementando: Um quebra cabeça...



Em 13/05/1987, Zero Hora (p.49) publicou entrevista concedida a Cláudio Dienstmann, pelo historiador Carlos Lopes dos Santos, sob o título “História do Negro no Futebol Gaúcho”, da qual me permito reproduzir a abordagem final da referida matéria: - “Mas quando Luiz Carvalho, grande centro-avante do Grêmio, foi para o Rio de Janeiro e jogou no Botafogo, ele fez questão de levar um jogador negro, o Jaguarão, ponteiro-esquerdo, criado no Palmeiras, da várzea de Porto Alegre. Só que o Botafogo não aceitou o Jaguarão, porque era preto e ele foi parar no Bangu. No primeiro jogo entre os dois clubes, o Botafogo com Luiz Carvalho, tomou 5x0 do Bangu – três golos do Jaguarão. Era um tipo Tesourinha, mais forte”. 
Transcrevo ainda do livro “Nós é que somos banguenses”, de Carlos Molinari, as seguintes passagens: “Curiosa a história do ponta-esquerda Cirilo Campelo, apelidado pelo nome de sua cidade natal: Jaguarão. Chegou ao Rio na vã tentativa de jogar pelo Botafogo, mas foi proibido de treinar em General Severiano por ser negro! Lá foi aconselhado a procurar o Bangu, pois segundo um diretor botafoguense o "seu tom de pele seria ideal no time dos Mulatinhos Rosados". Veio para a Rua Ferrer, treinou e ficou. No Campeonato Carioca marcou somente dois gols, sendo que um deles justamente em cima do Botafogo.” ... “Mudanças significativas ocorreram na equipe de futebol do Bangu em 1932. A principal delas foi a saída de três titulares absolutos: o goleiro Zezé foi defender o Olaria, o atacante Jaguarão iria parar no Engenho de Dentro e Domingos da Guia. O zagueiro havia exibido sua classe suprema de tal forma que foi impossível para o Bangu mantê-lo após tantas insistências dos outros clubes - ele iria para o Vasco”.




2 comentários:

JASouza. disse...

Time do Bangu antes da partida contra o Vasco, em São Januário, no dia 7 de junho de 1931. Da esquerda para a direita aparecem: Santana, Zé Maria, Buza, Ladislau, Domingos da Guia, Dininho, Médio, Eduardo Moura e Jaguarão. Abaixados: Zezé, Sá Pinto e a mascote Manô.

Anônimo disse...

Meu caro José Alberto,
Parabens por teres pesquisado quase que mensalmente sobre o esporte jaguarense e relembrar figuras importantes que marcaram época lá e fora da cidade.Teu texto demonstra a nstalgia de teus dias vividos na Cidade Heróica que não consegues esquecer por mais que o queiras. Mas como diz o velho ditado: relembrar é viver duas vezes. Um abraço. Suceso. Hunder.