sexta-feira, 10 de julho de 2015

A IMPLACÁVEL GANGORRA - DOS NOSSOS DIAS


Qualidade de vida para um casal de velhos é carinho, respeito, atenção, repartido de igual para igual, para usufruírem o resto de seus dias.

Amarga é a solidão daqueles que chegam à idade avançada e vêm partindo seus afetos, esperando ansiosos pela reposição de antigas afinidades.

Alguns têm poder financeiro e conseguem atender necessidades dos seus próximos sem esperar retorno a não ser disposição para suas carências.

Mas esse desprendimento nem sempre é reconhecido como justa e perene compensação, pouco importando o favorecimento que deixa de ser cobrado.

Já idosos, marido e mulher compartilhando anos a fio um mesmo teto, muitos se mantêm relegados a quatro paredes, isolados do mundo exterior.

Até parece que a orbe clama por substituição de suas peças gastas para dar lugar a outras, o seu espaço reivindicando numa máquina desumana. 

Porém, um tempo virá em que lágrimas tardias haverão de rolar em faces vincadas por esta maturidade já contando o restante de sua vida útil.

6 comentários:

Zinaida Tscherdantzew disse...



Oi amigo Souza!
Lindo. Verdadeiro. Emocionante. Enfim, a vida!
Abraço agradecido.

Anônimo disse...

Não posso, entretanto, deixar de te dizer que desta vez achei que fostes influenciado pela bela música e o texto ficou sem o teu natural otimismo.
A vida, mesmo com seus altos e baixos, precisa ser comemorada, mas o belo texto valeu. Impressionou.
Abraços do velho Eulálio.

Clarice Villac disse...

Querido e especial Amigo José Alberto,

um abraço e Parabéns por tudo !

Fernando Rozano disse...

A vida às vezes parece ser cruel, quando na verdade somos nós seres humanos que a tornamos desumana. Sensível texto. Abraço.

EDEMAR ANNUSECK disse...

Grande Mestre José Alberto de Souza,

Música e texto retratam uma realidade que muitos desconhecem lou não fazer questão de conhecer.
Precisamos assumir a realidade, afinal somos seres humanos que nascem e um dia se vão.

Parabéns

Edemar Annuseck
Curitiba - PR

Anônimo disse...

Conterrâneo,
Embora já conhecesse a composição, a tua postagem com a interpretação magistral do Argentino Luna, mais a leitura do teu texto concorrem para completarem a mágica da emoção que contamina quem ouve. Cumprimentos e um grande abraço. Wenceslau (Blog do Wenceslau)