H
O R Á R I O D O A L M O Ç O
As mesmas caras
de sempre todos os dias
Repetidas no
horário do almoço,
Não consigo
distinguir de quais moradias
Nesta mistura de
vozes em alvoroço...
De vez em quando
algumas mais arredias
Sem querer me
fazem desenhar um esboço
Pelas tantas
esperanças fugidias
Quase me
conduzindo ao fundo do poço...
Fujo dessas vias
escorregadias,
Busco me livrar
duma corda no pescoço
Nem quero chegar
naquelas horas tardias...
Obrigando-me a
engolir o caroço
Sem piedade das
minhas teimosias
Enfim possa ver
alguém como bom moço...
José
Alberto de Souza
POA,
11/nov./2023
5 comentários:
AMEI este poema. Quanta verdade ... Bj no coração.
Lindo tio, andava com saudade desses belos escritos. Bjs
Hilda
Muito feliz com esta nova escrita. Como suas crônicas fazem a imaginação voar livremente, nesta eu até imagino a inspiração da mesma (mas só imagino). Parabéns e quero ver novas postagens. Grande abraço ao escritor José Alberto de Souza, que de forma emprestada eu chamo de Tio Zezinho.(Assim que for a POA, precisamos marcar aquele café para prosear).
Estou aposentada desde 2013, mas esse "relato", retratou muito bem minhas horas de almoço no trabalho. Uma coisa é certa: não sinto falta, nem um pouco, da sensação de corda no pescoço, embora tenha encontrado muitos "bons moços" onde trabalhei. Amei te ver denovo por aqui, tiozinho!
Souza
Saudades do nosso tempo de Banco.
Abraço.
Diná
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