domingo, 18 de outubro de 2009

TRAJETÓRIA DE UM ASTRO ( V )

Passando a palavra a Alberto de Oliveira, ele nos revela que Dª. Clori, com quem Mário se casou em Pelotas, é que lhe ensinou a desenhar o próprio nome – assim pelo menos dava seus autógrafos – pois era analfabeto e permaneceria nessa condição até o fim de sua vida, aos 74 anos, em 1998, quando veio a falecer. Essa senhora foi a companheira fiel e grande motivadora para que Mário superasse os percalços que surgiriam após a sua saída do São Paulo devido a desavenças com Leônidas da Silva, quando este passou a técnico e mais tarde dirigente dessa agremiação. Assim, o nosso conterrâneo viu-se forçado a peregrinar por vários clubes do interior paulista, entre eles o Comercial de Ribeirão Preto. Logo depois se vê obrigado a parar, quando sofre uma lesão que quase lhe custa a amputação da perna direita, não fosse o empenho e a persistência de salvá-la a qualquer custo da abnegada Dª. Clori.
Em 1970, Alberto Oliveira vai visitá-lo em São Paulo e encontra-o trabalhando de porteiro no Juventus, da Rua Javari, muito benquisto no bairro e sempre lembrado em todas as festas do São Paulo. Pouco tempo depois falece, aos 93 anos, a mãe de Mário, Dª. Idalina Barbosa de Oliveira, que morava em Porto Alegre junto com seu irmão mais velho, Joaquim Dionísio Oliveira, o qual cuidou dela durante toda sua vida. Assim que Mário aposentou-se no Juventus e como pagava aluguel em São Paulo, Alberto insistiu junto a ele para que viesse residir com aquele seu irmão. Sugestão acatada, com a esposa Dª. Clori e a filha Carmen Sílvia, logo se muda para a nossa Capital, enquanto a outra filha Carmen Lúcia, casada, permanece em São Paulo.
E assim foram surgindo as primeiras pistas para a ampliação dessa nossa pesquisa. Alberto Oliveira indica-nos o período entre 1948 e 1953 como o tempo em que Mário atuou naquele clube paulistano. Dessa forma, temos facilitado o nosso trabalho de acesso na Internet, onde descobrimos, através da SPFCpedia – Equipes Postadas Ano a Ano, fotos com as diferentes formações da equipe são-paulina nessa época, sendo Mário o titular da meta tricolor.

3 comentários:

cabeda disse...

Cumprimentos, Souza.
Fizeste uma excelente pesquisa.
Abraços

Jacqueline disse...

Oi José, deixei separado lá no Certas Linhas selos pra teu blog! Abraços, Jacque

Lino Tavares disse...

Caro José Alberto "Jaguarão"
Faço uma pequena intervenção, porque não poderia deixar passar em brancas nunvens uma referência sobre a Dnª Clori, de cuja existência tomo conhecimento nesse belo relato. Ela, pelo que li, foi ao lado de Mário o exemplo clássico da frase que diz: Ao lado (não atrás, como muitos dizem) de um grande homem, existe sempre uma grande mulher. Faz-me lembrar a mulher do grande Nelson Gonçalves (o maior cantor do mundo, na minha opinião), sem a qual - ele próprio declarava - teria sido um fracassado e não o 'pulmão de ouro' que fazia tremer qualquer palco.
Abraços renovados
Lino Tavares