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Rumo ao Cinquentenário de Formatura, puxando a fila com Eberle, Araújo, Ferlauto, Michelena, Schmitt... |
No
próximo dia 27 de novembro, a Turma de Engenheiros da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, graduados em 1965, estará promovendo encontro de
confraternização comemorativo a seu cinquentenário de formatura, que deverá se
realizar, a partir das 19 horas na Sociedade Germânia. De um total de 142
formandos, já confirmaram sua presença nesse evento 74 colegas, e mais oito, incluídos
alguns da turma de 1966 que ingressaram conosco na Escola de Engenharia em
1961. Como convidados especiais se farão presentes os professores Athos Stern,
Domingos Matias Urroz Lopes, Eurico Trindade Neves, Nicolau Jorge Waquil e
Paulo Mazeron.
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Recebendo diploma do paraninfo Prof. Antenor Wink Brum. |
Outra cerimônia ocorrerá a 20 de novembro
vindouro no Salão de Atos da Reitoria (Avenida Paula Gama, 110), quando a
Associação de Antigos Alunos da UFRGS vai recepcionar, às 17h30min, os
jubilados de 1965, 1990 e 2005. Junto com minha esposa Gislaine, também formada
em 1965 no curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, e mais os colegas
engenheiros Roberto Júlio Beretta e Jorge Miguel Heinenberg, tivemos
oportunidade de participar em 1990 da celebração promovida pela Universidade,
alusiva aos 25 anos de formatura.
Na
ocasião, encontrei o professor de Cálculo Infinitesimal, engenheiro José
Olimpio de Abreu Lima (Oscarito), comemorando seus 50 anos de formatura. E procurei
o velho mestre para que tomasse conhecimento de que ele era grande responsável
por eu estar sendo jubilado naquele momento, relatando-lhe o exame oral em que
me deu aquele branco na presença do mais temível “ralador” da Escola e joguei a
toalha para desistir da Engenharia de uma vez por todas. E ele não permitiu que
assim procedesse, encaminhando-me ao quadro negro para me fazer algumas
perguntas, as quais respondi conseguindo vencer aquele bloqueio momentâneo e
assim discorrer sobre o ponto sorteado, permitindo minha aprovação naquela
cadeira.
Abreu
Lima surpreendeu-se com aquela minha manifestação, já que estava acostumado
justamente com o contrário, como de certa vez num voo aéreo, onde um dos
pilotos, ao ver seu nome na lista de passageiros, procurou-o para lhe
cumprimentar. Apresentando-se como seu ex-aluno, logo revelou que “graças ao
senhor, o Brasil perdeu um Engenheiro, mas em compensação ganhou um grande
Comandante de Aviação”. No entanto, apesar de aprovado em Cálculo
Infinitesimal, fiquei dependente em Geometria Analítica, no segundo ano, o que
me fez optar pela Engenharia Mecânica, completando cinco cadeiras, o mesmo
número dos demais cursos da Escola.
Em
18/12/1965, receberam diplomas de Mecânicos 41 colegas, dos quais 19 já
confirmaram presença no evento. Nosso curso lidera o “ranking” com nove
saudosos ausentes. Foram localizados mais nove ainda vivos, mas que provavelmente
não poderão comparecer. Sem notícias, constam como desaparecidos Gerhard Paulo
Böckler, Ivar Vildo Rojas Lopez (Bolívia), José Carlos Soares de Araujo e
Milton Edison Scherer, Em 1966, quando ingressei na Ford, em São Paulo,
encontrei lá os colegas José Alberto da Silva Barbosa (Metalúrgico), Alfredo
Floriano Tonetto e José Carlos Soares de Araujo, estes dois últimos que
gostaria bastante de rever.
Concluindo
em 1958 o curso científico no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, decidi
encarar o vestibular de Engenharia nos anos de 1958, 1959 e 1960, quando
finalmente consegui aprovação para ingresso na Escola. Lá encontrei Roberto
Luiz Mold, Nelson Fetter Júnior, Hiparcus Raupp e Flávio Antunes Graziuso,
egressos do Julinho que ali chegaram antes de mim. Aliás, devo ao colega Mold
ter me tirado de uma saia justa logo no primeiro dia de aula, na frente do
prédio novo da Engenharia. Ele e eu nos encontramos no momento em que não havia
ninguém por perto. Pois apareci todo afeitado, de terno e gravata, e ele me
aconselhou que trocasse a roupa para evitar maiores estragos com os “trotes”
iminentes. “Mas já está em cima da hora, não vai dar tempo”. E Mold insistiu: “Te
vira e encontra um lugar para troca de vestimenta”. Eurico, nosso bedel, me
quebrou o galho, guardando ao menos casaco e gravata em local seguro. Depois da
aula inaugural, os veteranos comandados por Sergio Chemale Selistre nos
colocaram em ordem unida para nos conduzir aos canais da Redenção, onde nos batizaram
com roupa e tudo a fim de assumir a condição de calouros.
7 comentários:
Uma jornada e tanto, amigo.
Grande abraço.
Kie
Que beleza grande Mestre José Alberto de Souza,
Isso é lindo e precisa ser mesmo muito comemorado.
Parabéns isso não é pra qualquer um.
Abração
Edemar Annuseck
Curitiba - PR
Grande JAGUARÃO !
Também eu tive uma oportunidade de encontrar o Prof.Abreu Lima depois dos tempos da Escola.
Eu ainda residia em Porto Alegre e já trabalhava para a empresa da qual não mais sairia - a BARBARÁ!
Guardava na memória a lembrança de um OSCARITO rigoroso das aulas de Cálculo Infinitesimal, de poucos sorrisos e possivelmente poucos amigos.
Pedi a reunião com o então Diretor do DEPREC e fui preparado para uma conversa por certo muito profissional , mas nada além disto.
A data seguramente era entre Julho de 1969 e Julho de 1971.
QUE SURPRESA AGRADÁVEL!!!
Recebeu-me o Professor Abreu Lima muito mais do que atenciosa e gentilmente.
Foi uma acolhida realmente amigável e calorosa!
Saí de sua sala como se estivesse agradecendo e me despedindo de um velho amigo!
QUE ÓTIMO ter sido está a imagem que me ficou do Grande Prof.Abreu Lima!
Muito obrigado JAGUARÃO por me haver trazido esta tão agradável recordação lá do fundo do baú !
Fico muito triste só de ler e pensar que o Jaroslav não estará nesta festa tão bonita.
Belas remembranças, amigo Souza.
O teu paraninfo, Antenor Wink Brum, fui encontrar como assistente do Prof. Hélio Portugal Silva, na Faculdade de Ciências Econômicas.
Abraços
Cabeda
Parabens pelo jubileu,
Apareces em primeiro plano demonstrando alegria e satisfação por tão nobre evento.
Um abraço. Hunder
Tempos inesquecíveis que teu memorialismo e sensibilidade mantém intacto. Abraço a todos pelo jubileu.
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