segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Antes tarde do que nunca

Conheci Norma Duval quando fui assistir apresentação de 3 Ases de Ouro e 3 Cadeiras Vazias, na Sala Radamés Gnatalli do Auditório Araújo Viana, que protagonizava juntamente com o meu velho amigo e seresteiro Ademar Sílvio e mais outro cantor e compositor, cujo nome não me ocorre no momento.
Tratava-se de projeto patrocinado pela Coordenação da Música da Secretaria Municipal de Cultura e levado à cena mensalmente, domingo pela manhã, destinando-se a revelar as composições próprias e inéditas de artistas pouco conhecidos do público em geral - o chapéu que lhes servia, colocavam na cabeça...
Posteriormente, procurei a Norminha no Café Majestic, da Casa de Cultura Mário Quintana, a fim de transmitir-lhe convite de Glênio Reis para se apresentar no seu programa Sem Fronteiras, da Rádio Gaúcha.
Foi então que tive oportunidade de travar conhecimento com a simpatia e fino trato dessa artista, a qual demonstrou todo o seu contentamento para rever o antigo colega dos tempos em que se iniciava nos programas de rádio locais.
Assim, ela chegou aos estúdios da Rádio Gaúcha, envolvendo o professor Glênio com a sua alegria contagiante em memorável encontro.
Depois, ainda fui honrado com seus gentís convites em várias de suas apresentações, tais como a vez em que participou de espetáculo, acompanhando o cantor Gerson de Souza, no programa Seresta na Casa, no mezanino da CCMQ e, inclusive, fiz-me presente em show no Solar dos Câmara, cuja participação ficou comprometida, estando impossibilitada de atuar com o braço engessado devido a acidente na véspera, mesmo assim não deixando de comparecer para apoiar seus colegas Hique Gómez e os componentes do conjunto Bem Brasil.
Amanhã, dia 30/10/2007, estamos combinados o professor Glênio e eu para assistirmos o lançamento do CD O Violão Brasileiro de Norminha Duval, às 20 horas, no Foyer Nobre do Theatro São Pedro (entrada franca), reforçando a turma do gargarejo que lá deve comparecer para abraçar e saudar mais esta conquista da nossa Rosinha de Valença dos Pampas.
O que descobrimos da Norma Cadaval, talento precoce apresentando-se menina ainda no Clube do Guri, de Ary Rego, na Rádio Farroupilha, com a orquestra do maestro Salvador Campanella, não está no gibi!
Contemplada com bolsa de estudos, aos 15 anos de idade, foi estudar violão clássico em Barcelona, na Espanha, onde adquiriu seu estilo flamenco de tocar.
Em sua trajetória artística, após seu retorno, contam-se passagens pelas principais emissoras de Porto Alegre na ocasião, logo depois seguindo para São Paulo, onde chegou a atuar nas TV Excelsior e Tupi, com participação no programa Concertos para a Juventude, com a orquestra do maestro Herlon Chaves, bem como do afamado Um Instante Maestro, com Flávio Cavalcanti.
Para cuidar de sua genitora adoentada, teve de voltar para Porto Alegre e enfrentar o mercado artístico restrito, chegando mesmo a fazer faxina (lavou as escadarias do Tribunal de Justiça), além de se formar em Arquitetura, executando alguns projetos, entre os quais a casa de veraneio de Leonel Brizola, em Tramandaí.
Ninguém poderia imaginar esse diamante que temos em mão, esquecido por aí numa das gavetas da nossa indiferença. Muito mais, teríamos a falar sobre a fera que se esconde naquele corpinho frágil que se vai dando bem com seu travesseiro.
Portanto, vamos deixar para aqueles interessados em conhecer melhor a vida atribulada dessa grande artista, a indicação para que acessem
Vale a pena - tem até vídeo - não deixem de ver.

2 comentários:

JASouza. disse...

Tendo em vista algumas mensagens que nos foram enviadas com críticas e apreciações sobre algumas postagens deste blog, solicitamos a todos aqueles que nos quiserem honrar com suas análises para que o façam, clicando em comentários abaixo disponível para esse fim.

Anônimo disse...

Souza,
Acessei a página e assisti ao vídeo. Grande frustração: Só UMA música! Restou o gostinho de "quero mais". Ainda bem que o CD vem aí.
Kie