domingo, 6 de janeiro de 2008

O que a gauchada não andou aprontando lá por Três Corações...

Se tivesse servido à Pátria, teria pertencido à classe de 37, como fizeram alguns contemporâneos, amigos e colegas de Ginásio, que sentaram praça no Regimento Osório (Cavalaria), então sediado em Jaguarão-RS. De lá partiram para Três Corações-MG, a fim de cursarem a Escola de Sargento de Armas, companheiros de mocidade como Eulálio Delmar Faria, Idomar dos Santos (recentemente falecido), Mário Teixeira de Mello Affonso e Francisco Alberto de Lemos Mestre, apelidado Castelhano por ser oriundo de Montevidéu/Uruguai, onde fora criado desde tenra idade.
O Eulálio é um desses matreiros que se vale da falsa modéstia para tirar vantagem a posteriori e, assim que chegou à ESA foi logo cercado pelos mineiros vindo com uma conversinha mole:
- Gaúchu, vaincê devi muntá muintu beim, num qué dá u'a dimunstraçãzinha prá nóis?
- Que é isso, gente, eu nunca montei a cavalo, só fazia serviço burocrático lá no Regimento – foi o que respondeu o nosso amigo.
Quando começaram as instruções, o Eulálio foi montando e deixando os mineiros impressionados – uai, i vaincê dizia qui num sabia muntá, imagim si subessi – e logo conquistou a admiração do pessoal da Cavalaria, tanto assim que foi escolhido para conduzir o estandarte da ESA empunhado com o braço esticado na horizontal, escoltando a bandeira nacional na parada militar do Dia da Pátria, naquela cidade..

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai que saudade que tenho dos meus tempos tricordianos. Pois agora falando no pessoal da cavalaria me recordo das estrelias que nós, da Engenharia, montávamos nas margens das curvas do rio que deram o nome à cidade.